Conferência reconhece avanços no combate à pobreza no Brasil

A 4ª Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional foi encerrada nesta quinta-feira (10/11), em Salvador, com a apresentação de um documento que reconhece o avanço do Brasil na área de mobilização social e alerta sobre ameaças à segurança alimentar. Durante o evento, iniciado na segunda-feira, dois mil participantes do Brasil e de países da América Latina e da África debateram e deliberaram sobre proposições voltadas à garantia do direito humano à alimentação adequada e saudável.

Segundo o presidente do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional -Consea, Renato Maluf, a Declaração Política e o relatório das atividades da Conferência, que contém propostas mais detalhadas da reunião, serão encaminhados para os três níveis de governo: Federal, Estadual e Municipal e também para organismos internacionais. Renato Maluf fala também das proposições sugeridas no documento, e destaca o aperfeiçoamento dos programas e ações sociais, a concretização do direito à terra, por meio da Reforma Agrária, a estruturação e priorização dos sistemas de produção sustentáveis, com o fortalecimento da autonomia da agricultura familiar, a garantia de acesso à água e a garantia do acesso das mulheres às políticas públicas, assegurando a sua autonomia econômica.

Avanços baianos

O secretário de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza, Carlos Brasileiro, afirmou que a Bahia já tem avançado nestas ações. Os resultados são mais de 1,3 milhões de baianos retirados da fome de nível elevado e cerca de 970 mil retirados da condição extrema de pobreza.

O secretário enfatizou as ações que contribuíram para garantir alimentação adequada aos baianos, citando a inclusão de 268 mil famílias no Programa Bolsa Família, o incentivo à agricultura familiar, o apoio a 1.097 projetos comunitários de geração de renda, entre 2007 e 2010, por meio do programa Produzir, beneficiando 105 mil famílias de 344 municípios e a elaboração da Política Estadual de Alimentação e Nutrição.

“Vamos extrair deste documento as propostas sugeridas pelos movimentos sociais, a fim de melhorar ainda mais nossas ações. Estas sugestões são vetores que o Estado pode seguir. Mostra o que podemos fazer para avançar ainda mais”, afirmou. Para fortalecer ainda mais as ações, a Bahia foi um dos estados que aderiu ao Sistema Nacional de Segurança Alimentar (Sisan), tendo por objetivo formular e implementar políticas e planos de segurança alimentar e nutricional.

Fonte: Secom Bahia.