Secretário de Defesa dos EUA faz provocações à Coreia do Norte
O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Leon Panetta, fez nesta quarta-feira (26) declarações provocadoras sobre a Coreia do Norte, considerando o país socialista asiático como uma "ameaça séria", em meio a contradições e um clima de desconfiança entre os militares norte-americanos com relação à atual reaproximação diplomática com Pyongyang.
Publicado 26/10/2011 12:13
Representantes dos dois países se reuniram nesta semana em Genebra para discutir os termos para a retomada de um processo de diálogo multilateral sobre a questão nuclear na Peníncula Coreana.
Neste mês os EUA e a Coreia do Norte também chegaram a um acordo para reiniciar a recuperação dos corpos de soldados norte-americanos mortos na Guerra da Coreia (1950-53), atividade que estava paralisada desde 2005.
Em sua primeira visita à Ásia desde que assumiu o cargo, Panetta elogiou esses fatos, mas usou termos duros para descrever a Coreia do Norte. Disse que o governo da República Popular Democrática da Coreia (RPDC) é "imprudente" e escreveu, em artigo publicado num jornal da Coreia do Sul nesta quarta, que a RPDC continua sendo uma "séria ameaça".
"Venho aqui porque sob muitos aspectos esta é a linha de frente", disse Panetta, dirigindo-se a centenas de soldados norte-americanos e sul-coreanos em Seul.
Uma fonte de alto escalão que acompanha Panetta na viagem disse ser importante que os preparativos militares estejam "alinhados com o processo diplomático" por causa da natureza cíclica dessas relações.
A Coreia do Sul é a última escala de Panetta na viagem de uma semana, que incluiu também o Japão e a Indonésia. Ele usou todas as oportunidades possíveis para assegurar aos aliados regionais que os EUA manterão uma presença sólida no Pacífico, apesar dos iminentes cortes no orçamento de defesa.
Isso é particularmente importante na Coreia do Sul e no Japão, onde os EUA têm cerca de 80 mil soldados e onde os aliados de Washington observam com nervosismo o fortalecimento militar da China.
Segundo Panetta, a retirada das forças dos EUA do Iraque, ainda neste ano, e a gradual retirada das forças do Afeganistão permitirão que os EUA dediquem mais atenção à Ásia oriental.
Com agências