Entrega da Ordem do Mérito Cultural acontecerá no Recife

A OMC possui três classes de comendas dirigidas a personalidades: Grã-Cruz, que é a mais alta graduação da Ordem; Comendador e Cavaleiro. Instituições, entidades ou iniciativas também são homenageadas com Ordem do Mérito Cultural, mas sem a divisão em classes.

Nesta edição, 18 personalidades serão agraciadas com a Grã-Cruz, 13 com a Comendador e 5 com a ordem Cavaleiro, além de 15 associações culturais e grupos artísticos.

O tema da edição 2011 da OMC é uma homenagem a Patrícia Rehder Galvão, conhecida pelo pseudônimo de Pagu (1910-1962). Já foram homenageados em edições anteriores da premiação nomes como o músico Heitor Villa-lobos, o antropólogo Darci Ribeiro e o escritor Machado de Assis.

Diversidade cultural

Instituída pelo MinC em 1995, a Ordem do Mérito Cultural (OMC) já concedeu mais de 500 condecorações a nomes ilustres da história e da arte brasileira, como Santos Dumont (in memoriam), Bibi Ferreira, Ângela Maria, Pixinguinha (in memoriam), Cartola (in memoriam), Ana Botafogo.

As medalhas são direcionadas a um amplo universo temático, de forma a abranger a diversidade marcante da cultura brasileira. Contemplam as tradições de grupos étnicos, as expressões da cultura popular, as Artes Visuais, a Música, a Literatura, o Teatro, o Cinema, o Design, a produção intelectual, entre outros segmentos que compõem o grande espectro cultural do país.

Depoimentos

“O ingresso na Ordem nos fez solidificar a convicção de que temos caminhado no rumo certo”, explica Reginaldo Lima, assessor de Projetos Especiais do AfroReggae – grupo cultural contemplado em 2003, que desde os anos 90 desenvolve projetos em comunidades carentes do Rio de Janeiro nas áreas da música, dança, capoeira, futebol e reciclagem de resíduos.

Ao falar da importância da OMC para a trajetória do grupo, Reginaldo estende à cultura brasileira de uma forma geral o ganho com a condecoração. “Vemos como fundamental, pois é através do prêmio que se pode ter a oportunidade de encontrar e saber de muitas boas ações por todo o país.”

Opinião compartilhada pelo compositor, pesquisador e violeiro Roberto Corrêa, agraciado em 2008. “Ser admitido na Ordem do Mérito Cultural foi uma grande alegria para mim e um marco em minha vida profissional. O reconhecimento do Governo Federal à minha contribuição para a cultura do país, além do sentimento de realização, trouxe mais esperança e otimismo para prosseguir meu trabalho”, afirma.

Mudar para melhor

Já para o presidente da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais, Toni Reis, a premiação recebida em 2007, um reconhecimento às iniciativas da entidade, contribuiu para mudar a visão da sociedade em relação ao tema.

“A homofobia, ou a aversão e o ódio a homossexuais, ainda está muito presente em nossa sociedade, e a promoção e o reconhecimento da cultura LGBT são maneiras eficazes de mudar essa realidade para melhor. Sem dúvida o agraciamento com a Ordem do Mérito Cultural contribuiu muito para isso”, justificou Reis.

Com MinC