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Palestinos rechaçam declaração de Israel sobre negociação de paz

Autoridades palestinas rejeitaram, neste domingo (02), um comunicado de Israel indicando que pode retomar o diálogo direto com os palestinos, desde que "sem condições prévias".

No Cairo, o negociador palestino, Saeb Erekat, declarou à agência AFP que o comunicado de Israel é um "exercício de ludibriar a comunidade internacional".

A Autoridade Nacional Palestina (ANP) diz que só negocia com Israel mediante o congelamento na construção de assentamentos judeus na Cisjordânia e a aceitação das fronteiras de 1967 como base para um acordo.

O porta-voz da presidência da ANP, Nabil Abu Radaina, disse que o "retorno das negociações requer o compromisso de Israel em suspender as atividades nos assentamentos e reconhecer as fronteiras de 1967 (anteriores à Guerra dos Seis Dias)".

"Israel precisa se comprometer sem reservas às resoluções internacionais como o Mapa do Caminho, as decisões da ONU e a Iniciativa de Paz Árabe", afirmou o porta-voz.

O ministro egípcio do Exterior, Mohamed Amro, apoiou os palestinos e acusou Israel de "falta de seriedade" na discussão.

O diplomata disse que seu país apoia a Autoridade Nacional Palestina na sua determinação de seguir com as negociações baseadas na suspensão dos assentamentos israelenses, em um prazo de tempo claro e determinado para o diálogo, estipulado pelas duas partes e sob supervisão internacional.

Em entrevista coletiva concedida após sua reunião com o secretário-geral da Liga Árabe, Nabil al Arabi, Erekat explicou que a mobilização a favor desta proposta se desenvolve em total coordenação entre os países árabes e a ANP.

"A autodeterminação do povo palestino não pode ser objeto de nenhuma chantagem por parte dos países que ajudam a Palestina em nível financeiro", declarou.

Com agências