Sem categoria

Cuba exige fim do bloqueio e pede apoio internacional

Cuba exigiu nesta quarta-feira (14) o levantamento do bloqueio imposto pelos Estados Unidos e pediu o apoio da comunidade internacional ao projeto de resolução sobre o tema que será votado na ONU em outubro.

O vice-ministro das Relações Exteriores de Cuba, Abelardo Moreno, sublinhou que o bloqueio é uma política unilateral, imoral e crescentemente rechaçada no mundo.

Na sede do Ministério das Relações Exteriores, Moreno apresentou o informe da nação caribenha sobre a resoluçãoa 65/6 da Assembleia Geral da ONU intitulada “Necessidade de pôr fim ao bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos da América contra Cuba”.

No ano passado, a Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou a resolução sobre a necessidade de pôr fim a esse cerco contra a ilha, com 187 votos a favor, dois contra e três abstenções.

Desse modo, esse órgão internacional ratificou sua denúncia a um cerco que dura meio século e custou a Cuba US$ 975 bilhões, cifra que tem em conta a depreciação do dólar frente ao ouro no período de 1961 a 2010.

O vice-chanceler cubano aludiu igualmente ao incremento das afetações do bloqueio na saúde infantil.

Tudo isso, na opinião de Moreno, entra em contradição com as promessas de mudança feitas durante a campanha eleitoral por Barack Obama, eleito presidente dos Estados Unidos em 2008.

O vice-chanceler afirmou que medidas como as relacionadas com as remessas e a permissão de aeroportos para vôos charter são muito insuficientes e têm um caráter sumamente limitado.

Ele sublinhou que essa política constitui uma claríssima violação do Direito Internacional, pois deixa de cumprir a Carta das Nações Unidas, as normas do Direito Internacional e qualifica-a de ato de genocídio.

"É uma violação massiva, flagrante e sistemática dos direitos humanos do povo cubano", enfatizou.

Moreno destacou que o cerco imposto desde há meio século é contrário aos direitos soberanos dos demais Estados membros das Nações Unidas, que se veem sujeitos a sanções e medidas de todo tipo por manter uma relação econômica com a ilha.

Por sua vez, o bloqueio viola os direitos constitucionais do povo norte-americano, pois a Constituição dos EUA estabelece que as pessoas podem viajar a qualquer lugar do mundo e Cuba lhes é proibida por um emaranhado de leis e regulamentos que conformam o bloqueio.

"Não cabe a menor dúvida de que essa política constitui o obstáculo principal para o desenvolvimento de nosso país, disse o vice-chanceler.

Da Redação, com Prensa Latina