Servidores de São Paulo decidem manter greve
Os cerca de 50 mil servidores do município de São Paulo, que inclui funcionários do Serviço Funerário, Saúde e parte do setor administrativo, decidiram manter a greve após reunião com a administração municipal, durante à tarde. Desde a manhã de terça-feira, 30, os funcionários da prefeitura paulistana cruzaram os braços. A categoria reivindica 39% de reajuste.
Publicado 30/08/2011 19:05
Segundo o Sindsep (Sindicato dos Trabalhadores na Administração Pública e Autarquias no Município de São Paulo), desde 2009 esses setores não tiveram seus salários corrigidos com base na inflação. Sérgio Antiqueira, diretor do Sindsep, reforça a posição de greve. “Infelizmente, somente com greve é que a atual administração tem corrigido os salários. Com o pessoal da GCM (Guarda Civil Metropolitana) foi assim, com os professores também. Portanto, para fazer justiça a essa parte do funcionalismo que ainda não recebeu reajustes, a greve continua”, declarou Antiqueira.
Uma das contrapropostas apresentadas pela Prefeitura foi um plano de carreiras para autarquias hospitalares. “É um absurdo apresentarem essa proposta que já havia sido fechada em 2009, e até hoje não apresentaram nenhum projeto para sua concretização”, lembrou o dirigente. Outro fato que vem ocorrendo é a exclusão de benefícios, como alimentação. “A administração dá algumas gratificações mas tira benefícios. O que acaba deixando o servidor na mesma situação”, lamentou.
Hoje, cerca de dois mil manifestantes se concentraram em frente à Secretaria do Planejamento, onde ocorreu a reunião com representantes dos trabalhadores e da Prefeitura. Durante toda terça-feira, diversos departamentos e serviços da prefeitura não funcionaram, como o programa de Parcelamento do Munícipe, além do Serviço Funerário, como o transporte dos corpos de hospitais e Instituto Médico Legal (IML) para os velórios. Algumas famílias ficaram aguardando mais tempo do que o normal para o transporte dos corpos.
Os servidores organizam ato político na quinta-feira, a partir das 10h, em frente ao gabinete do prefeito Gilberto Kassab, na região central da cidade de São Paulo.
A prefeitura foi procurada mas não retornou.
Deborah Moreira, da Redação