Sinal verde para obra do VLP
Governador assina ordem de serviço que autoriza o início da construção do Veículo Leve sobre Pneus. O novo sistema, com previsão de entrega no início de 2013, poderá atender até 600 mil pessoas por dia.
Publicado 26/08/2011 15:55 | Editado 04/03/2020 16:41
Um projeto ambicioso, que deverá ser finalizado em 18 meses, foi autorizado pelo governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz. Trata-se do Veículo Leve sobre Pneus (VLP), projeto que prevê a construção de corredores exclusivos para ônibus em 42km de extensão no Eixo Sul de Brasília, que ligará Santa Maria, Gama, Park Way e o Entorno Sul ao Plano Piloto. A ideia é reduzir o número de pessoas que utilizam carros para ir ao trabalho, uma vez que o novo meio de transporte terá capacidade para atender 600 mil passageiros diariamente e 20 mil por hora em horários de pico. Os ônibus serão articulados ou biarticulados e só trafegarão nas vias específicas.
O novo sistema prevê ainda a criação de linhas com embarque e desembarque integradas ao Metrô, na Estação Terminal Asa Sul. "O trecho do Gama terá 8,7km de extensão, enquanto o braço de Santa Maria, 5km. Na altura do Catetinho, as duas vias se unem e seguirão até o Plano Piloto. O carro particular não poderá entrar nesse corredor e, com isso, vamos ter um transporte seguro e rápido", explicou Agnelo Queiroz, durante solenidade de assinatura da ordem de serviço para o início das obras, realizada no Balão do Periquito do Gama às 10h de ontem.
A expectativa é que o tempo das viagens — hoje, estimado em 90 minutos — seja reduzido para 40 minutos. Serão construídos terminais rodoviários no Gama e em Santa Maria, além de 15 estações do Metrô ao longo do percurso e 15 passarelas. O controle de chegada e de saída dos ônibus deverá seguir o sistema que monitora os trens do metrô. "Saberemos o exato segundo em que o carro vai parar no ponto de ônibus. Nos horários de pico, colocaremos veículos articulados para transportar até 20 mil pessoas por hora", destacou o governador. A construção do VLP tem valor estimado de R$ 530 milhões. Os recursos são do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e do Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES).