Metalúrgicos criticam veto ao reajuste real de aposentadorias
A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2012, sancionada e publicada segunda-feira (15) no Diário Oficial da União, na qual a presidente Dilma Rousseff veta o artigo que assegurava recursos para os reajustes reais – acima da inflação – para aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) descontentou a diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos de Caxias do Sul. Para os sindicalistas, a decisão da presidente foi unilateral e vai contra os interesses dos trabalhadores.
Publicado 17/08/2011 11:58 | Editado 04/03/2020 17:10
Para o vice-presidente do Sindicato, Leandro Velho, o veto é mais um prejuízo aos aposentados que já sofrem com o Fator Previdenciário. "Por mais que haja crise no mundo, não dá para cortar os salários de quem já se sacrificou tanto". Velho contesta ainda a quebra do acordo que o governo havia feito de negociar com as centrais Sindicais. "Não houve negociação. Foi uma decisão unilateral na qual mais uma vez ela desconsiderou as centrais".
A posição é reforçada pelo presidente da CTB, Wagner Gomes, que lembrou que os aposentados já sofrem com perdas salariais que chegam a 70%, por conta do reajuste diferente do aplicado ao mínimo, e agora correm o risco de também não terem o reajuste real se for mantida a decisão da presidenta Dilma. “Precisamos mobilizar a todos os brasileiros, todas as centrais sindicais para derrubar o veto no Congresso Nacional. Não podemos deixar passar esse veto e vamos lutar até o fim”, declarou Wagner Gomes.
Como justificativa para o veto, o governo disse que é impossível garantir os recursos necessários se os percentuais dos reajustes das aposentadorias e pensões ainda não foram definidos. O texto da LDO havia sido aprovado na Câmara e no Senado. "Não há como dimensionar previamente o montante de recursos a serem incluídos no PLOA-2012 (Projeto de Lei Orçamentária Anual de 2012), conforme determina o caput do Artigo 48, uma vez que, até o seu envio, a política em questão poderá ainda não ter sido definida", informou a Casa Civil, segundo a Agência Brasil.
Com a decisão da presidente, quase 10 milhões de brasileiros, que recebem o benefício acima do salário mínimo, serão prejudicados.
Fonte: Sindicato dos Metalúrgicos de Caxias do Sul