Só no 1º semestre, Caixa atinge R$ 198 milhões em crédito imobiliário no Piauí

A Caixa Econômica Federal, que detém 74% das operações de crédito imobiliário do País, concluiu o primeiro semestre de 2011 com 3.020 contratos habitacionais firmados só no Piauí, totalizando R$ 198,7 milhões em financiamentos. No montante, que já é bem expressivo, não estão incluídas as contratações da faixa 1 do programa ‘Minha Casa, Minha Vida 2', a qual é destinada para famílias com renda de até R$ 1.600.

Os dados integram o balanço semestral da Caixa Econômica, divulgado na tarde desta sexta-feira pelo superintendente do banco no Piauí, Emanuel do Bonfim Veloso Filho, que tomou posse efetiva esta semana, após passar um mês ocupando interinamente o cargo, que ficou vago com a transferência de Hebert Buenos Aires para a superintendência da CEF em Alagoas.

O montante de R$ 198,7 milhões, acumulado nos seis primeiros meses de 2011, é 25% superior ao valor total do crédito imobiliário concedido no Piauí no mesmo período de 2010.

No Piauí, os financiamentos com recursos da poupança foram responsáveis por R$ 50,9 milhões dos valores contratados, o que representa um crescimento de 35% na utilização, em comparação com o primeiro semestre de 2010. Por sua vez, as contratações com recursos do FGTS corresponderam a R$ 113,8 milhões, um aumento de 63,7% em relação ao mesmo período de 2010, na aplicação em financiamentos e subsídios.

Em todo o País, foram liberados R$ 34,7 bilhões para habitação no primeiro semestre deste ano, valor 3,4% superior ao observado nos seis meses iniciais de 2010. Esse total resulta numa média de R$ 269,6 milhões/dia destinados ao crédito imobiliário, ou 3.889 contratos fechados diariamente. De todas as famílias beneficiadas, 51% têm renda de até 10 salários mínimos.

Segundo Emanuel Veloso Filho, no segundo semestre também serão contabilizadas as 3.500 casas previstas para a faixa 1 do programa MCMV 2, cujos recursos são oriundos do Orçamento Geral da União, o que deve tornar ainda mais extraordinário o montante destinado pela Caixa para o crédito imobiliário. O superintendente acrescenta que até o final de 2014 a Caixa tem R$ 700 milhões disponíveis para investir apenas na faixa 1 do programa habitacional que é um dos carros-chefe do Governo Federal.

Lucro da Caixa cresce 36% no primeiro semestre

A Caixa Econômica Federal fechou o semestre com lucro líquido de R$ 2,3 bilhões, um crescimento de 36,4% em relação ao mesmo período de 2010, quando atingiu R$ 1,7 bilhão.

O resultado da empresa foi reflexo do bom desempenho das operações de crédito, que evoluíram 38% em comparação ao mesmo período de 2010, alcançando o saldo de R$ 205,9 bilhões.

Em linha com o crescimento da carteira, as receitas de operações de crédito atingiram R$ 12,7 bilhões, 44% maiores do que o primeiro semestre de 2010. Destaque para a receita do crédito habitacional, que evoluiu 59,1%, atingindo R$ 5,5 bilhões.

Emanuel Veloso avalia que o desempenho exitoso foi possível porque justamente porque o banco apostou boa parte de suas fichas na expansão do crédito. Ele pondera que a maior oferta de crédito no mercado representa mais investimentos e, consequentemente, mais recursos em circulação.

Expansão no Piauí

O superintendente regional ainda adiantou, em primeira mão, algumas informações referentes ao plano de expansão da Caixa no Piauí.

Segundo ele, o Banco Central já autorizou a instalação de 12 novas agências no Estado, quatro delas em Teresina.
As duas primeiras devem ser concluídas ainda em 2012 e ficarão localizadas na zona leste da capital, uma na Avenida Presidente John Kennedy e a outra no bairro Jockey Club. As outras duas agências de Teresina ficarão no Teresina Shopping (após ampliação) e na Avenida Duque de Caixas, na zona norte.

Hoje a Caixa possui oito agências bancárias em Teresina, 15 agências em outras cidades do Estado, além de sete pontos de atendimento bancário também localizados na capital.

O superintendente

Com 28 anos de carreira, Emanuel Veloso Filho é natural de Teresina, tem 51 anos de idade, é casado com uma advogada, pai de dois filhos, e foi gerente-geral de várias agências da Caixa Econômica antes de assumir a superintendência. "Estou muito otimista e motivado para fazer um bom trabalho".

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