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Unasul debaterá medidas para 'blindar' economia da região

O presidente do Banco Central do Equador, Diego Borja, pediu hoje que a economia da América Latina se "blinde" contra a crise financeira internacional, a qual ele considerou "sem precedentes".

Borja conversou com a imprensa pouco antes de uma reunião de ministros da Economia e Finanças dos países-membros da Unasul, que lançará hoje em Buenos Aires um plano de ações conjuntas de cunho monetário, financeiro e comercial para enfrentar os efeitos da tensão econômica registrada na Europa e nos Estados Unidos.

O ministro revelou que um dos objetivos do encontro é empregar as moedas dos países-membros no intercâmbio regional, sem a utilização do dólar.

Segundo ele, também é fundamental que os países sul-americanos coloquem em funcionamento o Bando do Sul.

A instituição, que é uma proposta do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, tem como objetivo garantir financiamentos e empréstimos a países da região latino-americana, como uma alternativa ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), ao Banco Mundial (Bird) e ao Fundo Monetário Internacional (FMI). Desde 2007, são discutidas as normas e regulamentações de funcionamento do banco.

Borja ainda mencionou um fundo latino-americano de reservas, sobre o qual considerou que o mais importante será seu modelo de gestão, mais que o montante de capital que obtenha.

Na reunião de hoje, os ministros ainda devem debater medidas como o aumento do apoio a processos de integração regional como os blocos econômicos Comunidade Andina de Nações (CAN) e o Mercado Comum do Sul (Mercosul).

A secretária-geral da Unasul, María Emma Mejía, anunciou na última segunda-feira que hoje seria criado o Conselho de Economia e Finanças do bloco para buscar um "compromisso político muito firme" para enfrentar a crise internacional.

Fonte: Ansa