Lupi nega má-fé e diz que fraudes são apuradas
O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, defendeu nesta quarta-feira (10) a apuração de denúncias de irregularidades contra a pasta e disse, em audiência na Comissão de Assuntos Sociais do Senado, que, embora possa ter havido "erro" no repasse de pelo menos R$ 12 milhões em convênios voltados à capacitação profissional, não houve "dolo" ou "má-fé" do governo na distribuição dos recursos.
Publicado 10/08/2011 13:01
"Suspendemos todos os repasses e abrimos o inquérito junto com a Polícia Federal para a apuração dos desvios na licitação. Tenho toda documentação necessária. Pode ter erro, pode, mas dolo e má-fé não", declarou Lupi.
Entre as suspeitas no Ministério do Trabalho estão seis entidades que teriam sido alvo de favorecimento pela pasta em convênios voltados à capacitação profissional. A Polícia Federal investiga o uso de associações de fachada, que supostamente ofereceriam cursos de qualificação profissional em troca do recebimento dos recursos governamentais.
"Recebemos o comunicado da PF dizendo que estava sendo aberto esse procedimento. Quando a Polícia Federal abre investigação, ela é sigilosa. Se tiver (irregularidade), quero preso porque quadrilha tem que estar na cadeia. Não temos conivência com ninguém que faz irregularidade", explicou o ministro, enfatizando que foram suspensos os cursos de capacitação que foram colocados sob suspeita.
"Os cursos pararam, não dava para continuar o curso em suspeição. Não tenho o que esconder e o que temer. Homem público tem obrigação de responder. Convencer ou não convencer, é outra coisa, mas obrigação de responder tem", comentou.
De acordo com a Agência Brasil, antes de participar de audiência pública na Comissão de Assuntos Sociais do Senado, Lupi disse que qualquer denúncia de irregularidade na sua pasta será investigada. Ele destacou que agirá “com toda força” para evitar desvios.
“O Ministério do Trabalho está tranquilo, porque eu sou o faxineiro e, na minha casa, quem cuida da limpeza sou eu. Tenho muita tranquilidade em dizer que pode ter erros, pode. Todo mundo que trabalha erra. Vamos agir com toda a força em tudo que pudermos fazer para evitar irregularidades.”
Sobre as prisões no Ministério do Turismo, Lupi disse que é preciso ter tranquilidade para analisá-las a fim de que não haja acusações injustas. “É uma ação da Polícia Federal, com base em investigações profundas que têm que ter seus esclarecimentos. Prefiro sempre aguardar o sagrado direito constitucional de defesa”, disse o ministro antes de participar de audiência pública na Comissão de Assuntos Sociais do Senado.
Com agências