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Coreia do Norte expressa disposição em retomar diálogo para paz

Depois de quase dois anos em meio a pressões inaceitáveis dos Estados Unidos, a República Popular e Democrática da Coreia (RPDC) expressou sua disposição em retomar o diálogo para uma paz estável na península.

A decisão foi anunciada pela Agência Central de Notícias (ACNC), que divulgou uma entrevista com vice-chanceler, Kim Ge Gwan, que participou recentemente em Nova York uma reunião com representantes dos Estados Unidos sobre esse e outros temas.

Ge Gwan disse que as conversas se desenvolveram "em um ambiente construtivo" e foram abordaram aspectos como as negociações a seis partes para a desnuclearização na região, entre outros.

O dirigente norte-coreano precisou que esse diálogo, sem condições prévias, deve basear-se na Declaração conjunta hexapartita emitida em 19 de setembro de 2005 entre as duas Coreias, Estados Unidos, Rússia, China e Japão.

Na informação, com ampla repercussão internacional, nota-se um verdadeiro consenso que permite otimismo para a reabertura do diálogo, pontualizaram meios de comunicação em diversas partes do mundo.

Antecedentes

Depois de habituais encontros a partir de 2005, a RPDC decidiu se retirar das conversas em 2009 ante as reiteradas pressões de Washington na contramão do programa de desenvolvimento nuclear com fins pacíficos de Pyongyang.

As tensões entre as partes envolvidas subiram de tom, incluída a provocação pelo afundamento de um navio de guerra sul-coreano e cujas causas reais jamais foram divulgadas apesar de que a RPDC tenha negado enfaticamente qualquer envolvimento.

As potências ocidentais, encabeçadas pelos Estados Unidos, aumentaram sua pressão sobre o país nortenho, enquanto China e Rússia mantiveram uma posição neutra, e exortaram a resolver os conflitos de maneira pacífica.

No entanto, o conflito aumentou e chegou a um ponto culminante depois do intercâmbio de disparos entre as duas nações divididas pelo paralelo 38 por obra e graça de um armistício e não de um tratado de paz.

O Governo da RPDC tem reiterado que os Estados Unidos devem levantar as sanções impostas e abandonar sua política hostil para que as negociações consigam resultados reais que beneficiem todas as partes.

Nesse sentido, a recente reunião ministerial da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean) propiciou um encontro em pró da distensão entre as duas Coreias.

A situação, segundo Pyongyang, inclue não apenas a desnuclearização da península como também "substituir o sistema de armistício pela garantia de um tratado de paz como uma tarefa candente da época atual."

Essa posição foi claramente exposta pelo diário norte-coreano Rodong Sinmun em 28 de julho passado, quando se comemorou o 58º aniversário do armistício que pôs fim à sangrenta guerra desatada pelos Estados Unidos nos primeiros anos da década de 1950.

Fonte: Prensa Latina