74% dos brasileiros apoiam proibição de medicamento emagrecedores
A proibição dos medicamentos emagrecedores à base de sibutramina e outros anfetamínicos tem apoio de 74% dos brasileiros. É o que aponta pesquisa encomendada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) à GfK Custom Research Brasil — quarta maior empresa de pesquisa de mercado no país.
Publicado 04/08/2011 12:52
Mil pessoas, com idade mínima de 18 anos, foram ouvidas em São Paulo, Salvador, Porto Alegre, Curitiba, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife, Fortaleza, Belém, Brasília, Goiânia e Manaus. O apoio à proibição é maior entre as pessoas com idade superior a 56 anos. Nessa faixa etária, 79% concordam com o veto. Já entre os entrevistados com 25 até 34 anos, a aceitação aos produtos é maior: 68% não condenam o comércio de emagrecedores.
Para 93% dos entrevistados, os produtos podem causar risco à saúde. Talvez por isso, 99% dos ouvidos afirmem que não fazem uso de qualquer substância, ao passo que 81% também declararam não fazer dietas. Entre os que fazem algum tipo de controle alimentar, as mulheres são a maioria, com 22% — apenas 14% dos homens declararam fazer regime.
A pesquisa também apontou que, para 79% das pessoas ouvidas, os exercícios físicos são a melhor opção para quem quer perder peso. A faixa etária entre 18 e 44 anos é o principal grupo incentivador do esporte: 83% defendem a prática de exercícios.
A noção sobre os benefícios do esporte variam conforme a classe social, de acordo com a GfK. Nas classes A e B, com maior poder aquisitivo, o hábito é tido como o mais eficiente para o emagrecimento (84%). Nas classes C e D, 74% enxergam a mesma vantagem.
A alimentação balanceada é a segunda opção mais indicada no combate aos quilos a mais. Para 40%, comer bem é a melhor forma para emagrecer. Porém, a opção é contestada pelos mais jovens, com idades entre 18 e 24 anos. Só 24% acreditam na dieta, e apenas 4% das pessoas dizem que os emagrecedores contribuem para a diminuição do peso.
Um parecer da Avisa sobre a comercialização e a distribuição dos produtos é aguardado ainda para este mês. Em julho, o presidente da instituição, Dirceu Barbano, afirmou que a decisão ocorreria em agosto.
Da Redação, com informações do Jornal da Tarde