Candidato do PMDB vence eleição em Magé marcada por confusões
O candidato Nestor Vidal, da Coligação "Magé no rumo certo (PMDB, PSDB, PSL e PSC)", foi eleito prefeito de Magé com 68,62% dos votos válidos. A eleição, que ocorreu no dia 31 de julho, foi marcada por prisões, acusações de agressão e desrespeito à lei.
Publicado 01/08/2011 18:49 | Editado 04/03/2020 17:04
Em segundo lugar ficou o candidato Werner da Fonseca, da Coligação "Magé para os mageenses (PTdoB e PTC)", com 23,82% dos votos válidos. Álvaro Alencar de Oliveira Rodrigues, do PT, obteve 4,69%, Genivaldo Ferreira Nogueira, do PPS, ficou com 1,62%, Octaciano Gomes Ramos, do PSOL, com 0,84% e Ezaquiel Siqueira, do PCdoB, com 0,41% dos votos válidos. Dos 159.364 eleitores aptos, 34.039 deixaram de comparecer, o que representa 21,36% do eleitorado no município.
Durante a eleição, três pessoas foram presas, uma por utilização de carro de som, que foi apreendido, e duas por boca de urna, sendo uma delas o ex-chefe da Guarda Municipal, Renato Abreu, conhecido como Renatinho PM, que foi levado para o 34º Batalhão da Polícia Militar. Os dois primeiros foram liberados logo após assinatura de termo de compromisso e Renatinho PM após o término das eleições.
Durante o processo eleitoral, grande quantidade de dinheiro foi apreendida nas casa de políticos, com suspeita de uso na boca de urna. Além disso, houve tentativa de intimidação de fiscais do TRE. Um dia antes da eleição, mesmo proibido, um trio elétrico circulou por alguns bairros até ser apreendido.
Saldo positivo
Para o candidato do PCdoB, Ezaquiel Siqueira, apesar da pequena votação, o lançamento da candidatura própria teve um saldo positivo, pois permitiu que o Partido se tornasse mais conhecido na cidade. “Fizemos algumas filiações e debatermos propostas com a população, dando boa visibilidade ao PCdoB”, avaliou Ezaquiel.
Segundo Ezaquiel, a eleição se transformou em plebiscito pela saída da família Cozzolino do poder. “O poder financeiro falou mais alto e o candidato do PMDB pôde se apresentar como o anti-Cozzolino, mas sem debater propostas e políticas de mudança para a cidade, como nós procuramos fazer durante toda a eleição”.