Obama diz que 'EUA não deixarão de pagar suas dívidas'
O presidente norte-americano, Barack Obama, assegurou nesta segunda-feira (11) que os Estados Unidos "não deixarão de pagar suas dívidas" e pediu a republicanos e democratas que aceitem o preço político de um acordo sobre a redução do déficit.
Publicado 11/07/2011 13:37
Em entrevista coletiva na Casa Branca, Obama disse que se reunirá hoje "e a cada dia enquanto for necessário" com os dirigentes do Congresso, até que se encontre uma solução no debate sobre a redução do déficit e o aumento do teto de empréstimo do país.
O presidente reiterou que seguirá buscando "o maior acordo possível" que pretende uma redução do déficit de US$ 4 trilhões na próxima década, algo que os republicanos rejeitam porque requereria aumentos de impostos.
O Departamento do Tesouro indicou que os EUA ultrapassarão no dia 2 de agosto o teto de endividamento autorizado pelo Congresso, situado em US$ 14,29 trilhões, o que torna urgente a discussão sobre o déficit fiscal, que neste ano chegará a US$ 1,2 trilhão.
"Temos uma obrigação moral de lidar com a dívida e com o déficit, e isso escutamos várias vezes dos republicanos", sustentou Obama. "Um acordo requereria que tanto democratas como republicanos cedam um pouco no que foram seus princípios intocáveis, desde os impostos aos programas sociais", explicou Obama.
"Mas o que eu não posso aceitar e não aceitarei é um acordo no qual cedamos tudo e ganhamos nada", acrescentou o presidente. "Se cada parte quer ficar com 100% do que são seus orçamentos ideológicos, não obteremos um acordo", advertiu.
Fonte: Opera Mundi