Trabalhadores gregos em greve contra pacote econômico
Enquanto a UE (União Européia) e o FMI (Fundo Monetário Internacional) deram um ultimato à Grécia, exigindo que metas de austeridade sejam implementadas, multidões de manifestantes portestaram contra as mesmas no domingo (19). Trabalhadores do setor elétrico entraram em greve e pode haver blecautes em algumas regiões do país.
Publicado 20/06/2011 15:19
Os planos de austeridade são bastante impopulares, eles propõem o corte de mais 6,5 bilhões de euros para reforçar a consolidação orçamentária em 2011 por meio de aumento de impostos e redução de despesas.
No domingo (19), o primeiro-ministro do país, George Papandreou, pediu à nação que aceitasse as restrições impostas, que, no curto prazo, certamente vão tornar a vida mais difícil para a maioria dos cidadãos.
Por outro lado, "as consequências de uma violenta falência ou saída da zona do euro seriam imediatamente catastróficas para as famílias, os bancos e a credibilidade do país", argumentou Papandreou.
Embora alguns especialistas esperem que os protestos na Grécia acabem e o pacote de medidas seja eventualmente aprovado, a edição desta segunda-feira de um jornal grego disse que a UE tem tratado mal a Grécia.
Prazo limite é 3 de julho
Os ministros de Finanças da zona do euro deram à Grécia duas semanas a partir desta segunda-feira (20) para que o país aprove medidas de austeridade mais rígidas em troca de 12 bilhões de euros em empréstimos emergenciais, aumentando a pressão para que Atenas coloque suas finanças em ordem.
O governo, o Parlamento e a sociedade têm até 3 de julho para aprovar um novo pacote de corte de gastos, aumento de impostos e medidas de privatização para que a nação possa receber a próxima parcela de ajuda da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional (FMI).
"A aprovação pelo Parlamento grego é absolutamente essencial e terá de ocorrer no momento apropriado para que possamos tomar uma decisão em 3 de julho", disse Jean-Claude Juncker, presidente do Eurogroup, que reúne os ministros de Finanças das 17 nações da zona do euro.
O novo ministro de Finanças da Grécia, Evangelos Venizelos, emitiu um comunicado pouco antes dos comentários de Juncker, dizendo que se esforçará para garantir que o pacote de austeridade já modificado seja aprovado.
"O objetivo é desenvolver uma clara relação de confiança para estabilizar a situação, para termos a liberação da quinta parcela", disse Venizelos. "O tempo político tem sido bastante reduzido. Cada dia que passa é de extrema importância e, por conta disso, não podemos perder uma única hora."
Da redação com agências