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Argentina repudia declaração de Cameron sobre Ilhas Malvinas

O governo argentino repudiou a declaração dada na quarta-feira (15/06) pelo primeiro-ministro britânico, David Cameron, sobre a soberania das Ilhas Malvinas, na qual dizia que o território será considerado britânico enquanto quiserem.

"A Argentina rechaça que, mediante as declarações, o governo do Reino Unido, em um lamentável ato de arrogância, se atribua a autoridade de colocar 'fim à história' de disputa de soberania, reconhecida pelas Nações Unidas e ainda pendente de solução", afirmou a Chancelaria argentina, em comunicado.

O governo argentino considerou que "esta postura se soma ao permanente desprezo do governo britânico ao reiterado mandato das Nações Unidas e aos múltiplos chamados da comunidade internacional, pedindo à Argentina e ao Reino Unido para retomar as negociações a fim de alcançar uma solução à disputa de soberania no que diz respeito à Questão Malvinas".
O texto ainda diz que a atitude britânica evidencia a "falta de respeito ao direito internacional que o país vem demonstrando em relação à persistência de uma anacrônica situação colonial que ofende não somente a Argentina mas também a região em seu conjunto".

David Cameron deu a declaração ontem durante uma sessão da Question Time, na qual membros do parlamento interrogam-se sobre questões políticas do país.

Na ocasião, o parlamentar conservador Andrew Rosindell pediu a Cameron que pressione o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, para que ele apoie a reivindicação da soberania britânica sobre as Malvinas.

A questão foi levantada uma semana após a OEA (Organização dos Estados Americanos) ter chamado os governos da Argentina e do Reino Unido para negociarem "o quanto antes" o domínio das ilhas.

As Ilhas Malvinas (conhecidas na Inglaterra como Ilhas Falkland), são atualmente um território inglês, pelo qual a Argentina reclama posse desde o século 19. Em 1982, os dois países travaram uma guerra por seu domínio. A Grã-Bretanha saiu vitoriosa, mas a Argentina reclama seus direitos sobre as ilhas.

Fonte: Opera Mundi