Câmara de Salvador busca solução para crise no Martagão Gesteira
O Hospital Martagão Gesteira, voltado para o atendimento a crianças, passa por uma crise financeira, consequência, em boa medida, por conta de débitos trabalhistas. A possibilidade de fechar as portas é uma realidade. Em busca de solução, a Câmara de Vereadores de Salvador, por iniciativa da vereadora Aladilce Souza (PCdoB), fez uma audiência pública nesta quarta-feira (15/6) para debater a situação do hospital.
Publicado 15/06/2011 22:07 | Editado 04/03/2020 16:19
Ao observar que a crise na saúde não é exclusividade do Martagão, sendo, também, do Sistema Único de Saúde (SUS), a vereadora Aladilce Souza disse que um caminho para assegurar o funcionamento do hospital seria a recomposição do teto do SUS para Salvador, em R$ 66,8 milhões.
Afundado em dívida, que chegou à casa de R$ 12,7 milhões em 2009, segundo o diretor médico Emanuel Melo, o Martagão Gesteira corre o risco de fechar as suas portas porque “vive pagando débitos passados”. Por conta do plano de recuperação, com autogestão, sustentabilidade e corte de gastos, o Martagão ganhou fôlego, mas não o suficiente para resolver sanar o déficit rolado.
Soluções
Como soluções, uma vez que está à frente do processo de autogestão, o diretor Emanuel Melo propôs medidas “não paliativas”, como recebimento de um extrateto mensal de R$ 652 mil, ajuste do Plano Operativo Anual (POA) em 40% e refinanciamento de dívidas passadas em 10 anos e junto à Caixa Econômica Federal.
“A crise é histórica”, reconheceu o secretário municipal da Saúde, Gilberto José, que assinalou, também, a crise da própria pasta da Saúde. “Fechamos todos os meses com um déficit de R$ 6 milhões”, destacou. Ao operar no vermelho, “temos que pagar com atraso de um mês”, lamentou.
A possibilidade de ampliar o repasse para o Martagão Gesteira, como o extrateto, segundo o secretário Gilberto José, passa por uma reavaliação do convênio, não dependendo unicamente do gestor. A causa do HMG, destacou o gestor municipal da Saúde, passa pelo envolvimento da sociedade e dos poderes públicos.
Fonte: Ascom da Câmara de Vereadores de Salvador.