UE e FMI emitem declaração conjunta sobre crise grega
O Fundo Monetário Internacional (FMI), o Banco Central Europeu (BCE) e a União Europeia (UE) emitiram nesta sexta-feira (03) uma declaração conjunta sobre a situação na Grécia e a possibilidade de conceder um resgate adicional.
Publicado 03/06/2011 10:14
Após várias semanas de negociações, especialistas dos três organismos e representantes do governo grego discutiram sobre a possibilidade de chegar a um acordo para outra ajuda, ainda que antes deva alcançar o consenso das forças políticas internas e os países da zona euro.
Em 20 de junho, os estados acolhidos pela moeda comum também irão abordar esta questão e se espera um pronunciamento definitivo ao final desse mês.
As partes envolvidas no diálogo concluíram, na véspera, os detalhes do programa, incluindo um gigantesco projeto de corte de gastos do estado e aumento de impostos, para guardar 28,4 billhões de euros até 2015 e salvar o país da bancarrota.
Por uma proposta dos peritos da UE, as medidas adicionais também contemplarão um plano de privatização de empresas, assim como a venda e a locação de propriedade imobiliária do Estado, com o objetivo de obter mais 50 bilhões de euros, de acordo com a informação que vazou para a imprensa ateniense.
A Alemanha, um dos principais credores do resgate grego, condiciona uma possível ajuda adicional para a Grécia em troca de uma maior participação de investidores privados em títulos da dívida, disse, nesta quarta-feira, um porta-voz do ministério alemão das Finanças.
"Toda a gestão para superar a crise não deve ser deixada apenas para o governo", assinalou o porta-voz.
As negociações do plano adicional foram acompanhadas por vários dias de protestos, em rechaço, principalmente, às privatização solicitado pela Troika (UE, BCE e FMI) como parte dos ajustes.
Mais de 100 mil pessoas, principalmente jovens, marcharam na semana passada na capital e em outras cidades para condenar os planos do novo governo contra o déficit fiscal.
O primeiro resgate concedido à Grécia equivale a 110 bilhões de euros e foi concedido em maio de 2010, em troca da imposição de severos e impopulares ajustes internos.
Fonte: Prensa Latina