Após alta adesão, ferroviários de SP definem rumos da greve
Depois de funcionar parcialmente nesta quarta-feira (1), o serviço de trem metropolitano da cidade de São Paulo e de 22 municípios foi totalmente paralisado na manhã de hoje (2). Em assembleias realizadas na noite de ontem, os trabalhadores da categoria decidiram paralisar todas as linhas de trens, que atendem a cerca de 2,4 milhões de passageiros por dia.
Publicado 02/06/2011 11:26
Os ferroviários pedem um aumento real de 5%, além de vale-refeição de R$ 19 por dia e implantação de um novo plano de carreira. A Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) ofereceu reajuste de 3,27%, sendo 1,75% de correção pelo IPC/Fipe e 1,5% de aumento real, e vale-refeição de R$ 17 por dia.
Por causa da greve, a CPTM orienta os usuários a sair de casa mais tarde e procurar não fazer deslocamentos nos horários de pico. Além disso, a companhia acionou o Plano de Apoio à Empresa em Situação de Emergência (Paese), ampliando o número de ônibus em operações.
A greve já começa a ter reflexos no trânsito da capital paulista. Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), havia 94 quilômetros de lentidão antes das 9 horas de hoje. Segundo a CET, a tendência é que o trânsito piore nas marginais do Tietê e do Pinheiros.
Estão em greve os ferroviários ligados ao Sindicato dos Trabalhadores das Empresas Ferroviárias de São Paulo, ao Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias da Zona Sorocabana e ao Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias da Zona Central do Brasil. O Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo, que representa cerca de 200 engenheiros que trabalham na CPTM, informou que está em campanha salarial, mas não aderiu à greve.
Em São Paulo, o sindicato vai organizar uma assembleia para discutir os rumos do movimento na tarde dessa quinta-feira. Pela manhã, o secretário dos Transportes Metropolitanos de São Paulo, Jurandir Fernandes, se reuniu com os representantes dos quatro sindicatos dos ferroviários para tentar encerrar a greve.
Para minimizar os problemas, a SPTrans – empresa que gerencia o transporte – prolongou o itinerário de 21 linhas que levam regularmente passageiros à estação da CPTM de Guainases e três que atendem até a estação José Bonifácio até o metrô Itaquera.
Greve no ABC
A greve dos funcionários dos ônibus municipais e intermunicipais da região do ABC também continua. A paralisação está mantida ao menos até as 15 horas desta quinta-feira, quando acontece uma nova assembleia da categoria. As cidades atingidas são Mauá, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Ribeirão Pires, Diadema, Santo André e Rio Grande da Serra.
De acordo com o Sindicato dos Rodoviários do Grande ABC, quase 100% da categoria aderiu à paralisação por não concordar com os 8% de aumento no salário oferecido pelas empresas. Os trabalhadores pedem 15% de reajuste e as empresas não apresentaram nova proposta.
Da Redação, com agências