Manuel Araya: Neruda foi assassinado pela ditadura de Pinochet
O poeta Pablo Neruda, prêmio Nobel de literatura, pode ter sido morto pelos aparatos repressivos da ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990) no Chile. É o que garante o último assistente pessoal de Neruda, Manuel Araya, em entrevista à revista mexicana Proceso.
Publicado 12/05/2011 13:19
Araya não apenas diz ter certeza do assassinato. Ele também conta em detalhes os 12 dias transcorridos entre o golpe militar, perpetrado em 11 de setembro de 1973, e a morte de Neruda, no dia 23 do mesmo mês.
Segundo o assistente, o período foi marcado por invasões de militares e membros das Forças Armadas à casa do poeta, em Isla Negra. O então embaixador do México em Santiago reservou a Neruda um quarto na Clínica Santa María porque, no dia 24 de setembro, seu governo pretendia tirar do Chile o poeta e sua mulher, Matilde.
De acordo com Araya, Neruda ficou, em seus últimos dias de vida, internado nessa clínica — que é a mesma em que se suspeita que o ex-presidente Eduardo Frei (1964-1970) foi envenenado. Um dia antes da eventual viagem, foi administrada ao poeta uma injeção que teria provocado sua morte.
Da Redação, com informações da Ansa Latina