Infraero admite rever cronograma das obras do aeroporto de Manaus
Sob pressão dos parlamentares da bancada do Amazonas no Congresso Nacional, o presidente da Infraero, Antonio Gustavo Matos do Vale, admitiu rever o cronograma das obras de ampliação do Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, de Manaus, para que o empreendimento seja concluído em 2013. Com isso, a cidade estará preparada para receber os milhões de turistas que virão assistir aos jogos da Copa do Mundo de 2014.
Publicado 28/04/2011 15:40
Na reunião, realizada na sede da empresa, em Brasília, nesta quarta-feira (27), os três senadores e quatro deputados federais amazonenses disseram a Antonio Vale e ao diretor de Engenharia e Meio Ambiente da Infraero, Jaime Parreira, que é inadmissível o prognóstico de que apenas 75% das obras estarão concluídas até o início da competição.
A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB), que solicitou a audiência, considerou que é possível antecipar a conclusão, sobretudo por que não há problema ambiental envolvendo o empreendimento. Ela lembrou que há dez anos a bancada vem reivindicando as obras no aeroporto, o terceiro em movimento de cargas no Brasil. “A Copa do Mundo só veio tornar o problema mais urgente. Ou seja, temos razão para ficar com o pé atrás”, protestou.
O senador Eduardo Braga (PMDB) propôs uma parceria entre a bancada e o presidente da Infraero para resolver o problema. “Estamos a sua disposição no Congresso caso seja necessário, inclusive, fazer pressão no Planalto. É preciso enxugar esse cronograma”, ponderou.
“É inaceitável sairmos de uma reunião como essa com a definição de que a reforma do aeroporto só será concluída em 75% até 2014”, protestou o senador João Pedro (PT).
O presidente da Infraero disse que antes do processo de licitação até a contratação será difícil alterar o cronograma, mas após esse processo, combinou uma nova reunião com a bancada para ver a possibilidade de acelerar as obras.
Antônio do Vale explicou que o cronograma de 25 meses para promover a ampliação do aeroporto reflete também “a necessidade de ter uma margem de segurança”. Para ele, um dos fatores que podem contribuir com a aceleração das obras é não ter interferência judicial no processo de licitação até a autorização da ordem de serviço. E citou como exemplo as obras de um terminal no Aeroporto de Confins, em Belo Horizonte, que foram embargadas por ordem de um juiz federal por suspeitas de danos ambientais.