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Japão cria zona proibida ao redor de Fukushima

O Japão anunciou nesta quinta-feira (21) que vai declarar como zona de entrada proibida a área de 20 quilômetros ao redor da usina nuclear de Fukushima Daiichi, no norte de Tóquio, semanas depois de a usina ter sido atingida por um terremoto seguido por um tsunami, o que teria provocado os problemas que desataram a crise nuclear.

Dezenas de milhares de pessoas foram obrigadas a abandonar a região após os desastres naturais de 11 de março terem afetado a usina, operada pela Tokyo Electric Power Company (Tepco), no acidente mais grave desde Tchernobil, em 1986.

Há alguns dias, ao visitar um abrigo para pessoas que perderam suas casas na região devastada, o primeiro-ministro Naoto Kan, foi repreendido publicamente pela reação lenta do governo.

O governo declarou, por meio do secretário-chefe do gabinete, Yukio Edano, que a partir da meia-noite desta quinta-feira, as pessoas só poderão entrar na zona se estiverem sob supervisão governamental.

"Vamos tomar medidas legais intransigentes contra pessoas que tentem ingressar na área. Aos moradores, só posso pedir sua compreensão para que não sejam tomadas medidas legais contra eles."

Qualquer pessoa que desrespeite a proibição poderá ser multada em até 100 mil ienes (1.200 dólares) ou enfrentar detenção policial temporária. A Tepco já declarou que pode levar o resto do ano ou ainda mais tempo para controlar a usina.

Mais de 130 mil pessoas ainda estão vivendo em ginásios de esportes de escolas ou outros abrigos, mais de um mês após o terremoto e tsunami de 11 de março que deixaram cerca de 28 mil mortos ou desaparecidos.

Kan, cujo governo já era impopular antes dos desastres, vem sendo criticado não apenas pela oposição, mas também por vozes de seu próprio partido devido à maneira como vem administrando a crise.

Com agências