Congresso da FSM debate crise do capitalismo e globalização
A crise econômica que açoita o capitalismo e as consequências da globalização neoliberal no mundo do trabalho são temas de debate nesta sexta-feira (8) do 16º Congresso Sindical Mundial, promovido pela Federação Sindical Mundial (FSM) em Atenas.
Publicado 08/04/2011 17:20
Como parte da penúltima sessão plenária, os quase 800 participantes de 105 países também dialogarão sobre o papel dos sindicatos e as lutas operárias na Europa.
De acordo com a agenda entregue a delegados e convidados, a sessão da tarde se dedicará integralmente à modificação dos estatutos da Federação Sindical Mundial (FSM), fundada em outubro de 1945 em Paris.
No plenário da quinta-feira leram-se mensagens de saudações da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e do secretário geral da Organização de Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, que desejaram o sucesso da reunião.
O secretário geral da FSM, George Mavrikos, apresentou ontem o relatório do plano de ação 2006-2010 e considerações sobre o Pacto de Atenas, submetido à consideração dos delegados.
Redução da jornada
O documento, de umas 70 páginas e que circulou prévio ao início do foro sindical, contém as direções, propostas e resoluções que devem se adotar para defender os direitos de organização dos trabalhadores.
Com esse propósito, a FSM sugere a realização de uma campanha internacional para reivindicar 35 horas de trabalho semanalmente, com sete horas diariamente por cinco dias, e o melhoramento dos salários.
Também ocupam amplos espaços as lutas da FSM a favor das liberdades sindicais e democráticas dos trabalhadores, incluída a negociação coletiva.
O tema ganha notória atualidade depois que no estado norte-americano de Wisconsin, em março passado, se suprimiu o direito à negociação em grupo para os servidores públicos, uma iniciativa que querem seguir outros territórios dos Estados Unidos.
Por sua vez, o secretário-geral da Central de Trabalhadores de Cuba e vice-presidente da FSM, Salvador Valdés, conclamou à unidade dos sindicalistas como única via para conseguir melhores condições de trabalho e vida.
Sem fazer concessões em nossos princípios, devemos identificar e incorporar na luta todo aquele que, independentemente da tendência ou filiação política, estenda sua mão para se somar de maneira solidária à luta pelos objetivos comuns da classe trabalhadora, destacou Valdés.
Fonte: Prensa Latina