Ceará: Sindicato dos Médicos avalia paralisação de forma positiva
Um sucesso! Esta é a avaliação da diretoria do Sindicato dos Médicos do Estado do Ceará, sobre o movimento de paralisação nacional de atendimentos médicos aos planos de saúde. Durante toda esta quinta-feira (07/04), a movimentação de médicos foi intensa na sede do SIMEC, onde aconteceu um café da manhã e uma entrevista coletiva.
Publicado 08/04/2011 10:47 | Editado 04/03/2020 16:31
Para o presidente José Maria Pontes, o movimento alcançou os objetivos esperados. Apesar de não ter um número concreto, a informação é que muitas clínicas e consultórios fecharam as portas. “O mais importante é que, desde o início da semana, conseguimos ocupar todos os espaços na mídia – rádio, jornal, televisão e blogs, participando de debates e entrevistas gravadas e ao vivo”, avalia José Maria Pontes.
Os 160 mil médicos brasileiros que atuam na saúde suplementar protestaram, com esta paralisação, contra os reajustes irrisórios dos honorários, muito abaixo da inflação nos últimos dez anos. Atualmente, a maioria dos planos de saúde paga entre R$ 25,00 e R$ 40,00 por consulta.
De acordo com as entidades médicas o valor mínimo para uma consulta seria de R$ 60,00, com a garantia do estabelecimento de regras contratuais que assegurem o reajuste dos honorários de forma progressiva – tendo como parâmetro a CBHPM – para evitar o surgimento de déficits como o atual.
Saúde suplementar
No Brasil, os planos e seguros de saúde são responsáveis diretos pelo atendimento de 45,5 milhões de pessoas. Atualmente, há 1.044 empresas em atividades, que responderam, em 2010, por um movimento estimado em R$ 70 bilhões. O número de médicos que atendem pelos planos é de, aproximadamente, 160 mil, sendo que eles realizam anualmente em torno de 223 milhões de consultas e respondem por 4,8 milhões de internações.
Levantamento realizado pela Associação Médica Brasileira (AMB), pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e pela Federação Médica (Fenam), comprovam a desregulação econômica na área da saúde suplementar. No período de 2000 a 2009, os reajustes autorizados para os planos de saúde acumularam 133%. Este dado é 23 pontos percentuais maior que os 106% registrados no mesmo período pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Fonte: SIMEC