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Paulo Henrique Amorim: Obama preferiu a Veja

Por instrução do departamento de jornalismo da TV Record, este ansioso pediu uma entrevista com Obama. Recorreu ao serviço de imprensa da embaixada, em Brasília. Na antevéspera da chegada de Obama, recebeu a informação de que não haveria entrevista exclusiva nem coletiva. Nada.

Por Paulo Henrique Amorim, no blog Conversa Afiada

Tudo bem. Se não tem para a Record, não tem para a Globo também? Ninguém vai ter? Exatamente, não tem para Globo também – informou a funcionária da embaixada.

Qual não foi a surpresa deste ansioso blogueiro, quando, nesta manhã de domingo, num supermercado paulistano, na gôndola de papel higiênico, encontrou um exemplar da revista Veja.

A Veja, como se sabe, das duas, uma: ou é a última flor do Fascio, ou detrito de maré baixa. A Veja não se qualifica, sequer, para figurar no elenco do PiG (*). Lá está na capa: “Exclusivo – Barack Obama fala a Veja”.

Interessante. Ou a embaixada americana em Brasília considera a Veja “ninguém”… Ou rompeu o trato.

A entrevista em si é irrelevante. Não há consideração que mereça ser levada para casa. Trata-se de uma entrevista por escrito. E quem respondeu às perguntas foi o sub-do-sub-do-sub-do-sub.

O que merece registro é que os americanos preferem ouvir os colonistas (**) do PiG (*). E preferem falar ao sub-PiG (*). Depois reclamam.

(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

(**) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG que combateram na milícia para derrubar o presidente Lula e, depois, a presidenta Dilma. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.