Dia Internacional da Mulher é lembrado com homenagens

Das seis homenageadas, cinco foram indicadas pelas deputadas estaduais que exercem mandato na atual legislatura e uma servidora aposentada, Jamile Machado, foi homenageada pelo Poder Legislativo. A deputada Ada Faraco De Luca (PMDB) reconheceu a trajetória de Raquel Ribeiro Bittencourt; a deputada Ana Paula Lima (PT) indicou a professora Joana Maria Pedro; a deputada Angela Albino (PCdoB) destacou a farmacêutica e bioquímica Clair Castilhos; a aposentada Carolina Mathilde Wagner Probst foi homenageada pela deputada Dirce Heiderscheidt (PMDB); a deputada Luciane Carminatti (PT), por sua vez, indicou a professora Alvete Pasin Bedin.

Participaram do ato representantes de entidades da sociedade civil, tais como o Conselho Estadual dos Direitos da Mulher, o Fórum pela Implantação da Lei Maria da Penha e o Fórum de Mulheres de Partidos Políticos, além da pediatra Aleida Guevara March, filha do guerrilheiro Che Guevara. A deputada federal Luci Choinacki (PT) também prestigiou a solenidade.

Nos pronunciamentos na tribuna, as deputadas enfatizaram a importância da data como referencial de reflexão sobre as condições das mulheres na sociedade e as ações que precisam ser feitas para a efetivação da “tão sonhada” igualdade de direitos. Na condução dos trabalhos, Ana Paula Lima parabenizou “todas as mulheres que fazem a diferença” e lembrou que, depois de 177 anos, pela primeira vez o Parlamento catarinense conta com cinco representantes do gênero feminino.

As conquistas das mulheres e o que falta ainda conquistar foram a tônica do pronunciamento de Angela Albino. “Queremos mais. Mais ações de combate à violência, mais igualdade de direitos, mais homens travando a luta pela igualdade.”

Na mesma linha, Ada apresentou dados de pesquisa sobre a participação feminina na política e sobre a violência doméstica. Ela criticou o padrão cultural que legitima a violência. “Isso tem que mudar e muito depende de nós mulheres.”

A deputada Dirce falou sobre o avanço da mulher na atuação política e reiterou a necessidade de criar ações para combater o preconceito e a desvalorização das mulheres. Já Luciane lembrou que a luta das mulheres não passa pela exclusão dos homens. “Muito ao contrário, queremos incluí-los nos debates desse tema que nos move, que é a igualdade de direitos.”

A convidada de honra, Aleida Guevara, agradeceu a deferência de participar da homenagem. Como “filha da revolução de Cuba”, ela disse que, em seu país, as mulheres quando nascem já têm seus direitos adquiridos e falou sobre a necessidade de educação para “forjar e formar novas pessoas”. Referindo-se às mulheres homenageadas, lembrou que também é possível educar com o exemplo e lhes disse: “agradeço por sua existência, sua força e seu valor.”
Ao final do ato, a Bancada Feminina instalou um painel no hall de entrada da Assembleia Legislativa, no qual as deputadas colheram assinaturas de homens e mulheres que firmaram o compromisso de erradicar a violência contra a mulher em Santa Catarina. (Lisandrea Costa)

Homenageadas
Jamile Machado (homenageada pelo Parlamento)
Servidora efetiva da Assembleia Legislativa, Jamile Machado atuou por 37 anos na comunicação social da Casa, tendo colaborado na instalação da Assessoria de Imprensa, em 1978. Seu principal atributo: facilitar o contato entre deputados e jornalistas, auxiliando para que as informações tivessem acesso público, contribuindo na transparência do Poder Legislativo. Jamile sempre atendeu a todos com cordialidade, eficiência e correção. Em dezembro de 2010 aposentou-se, depois de quase quatro décadas de excelentes serviços prestados.

Joana Maria Pedro (deputada Ana Paula Lima – PT)
A história de luta das mulheres pela independência e liberdade faz parte do trabalho de Joana Maria Pedro. Atualmente é professora da Universidade Federal de Santa Catarina e uma das coordenadoras do Instituto de Estudos de Gênero. A experiência de Joana na área da história se destaca com temas relacionados ao feminismo, história das mulheres, entre outras. Com vasta produção publicada em livros e artigos, Joana é uma referência de profissional que escolheu dar visibilidade às mulheres.

Alvete Pasin Bedin (deputada Luciane Carminatti – PT)
Filha de professora, aos 16 anos iniciou a vida profissional no Magistério. Ao longo da vida, acumulou funções de destaque, como na coordenação Regional de Chapecó, na Secretaria de Educação, na direção de escola, entre outras. Alvete também participou da fundação do Conselho da Mulher no município de Chapecó. É atual Coordenadora Estadual do SINTE/SC. Com atuação destacada na luta pela educação pública, dedicou-se em defesa de um ensino de qualidade e do reconhecimento dos professores.

Carolina Mathilde Wagner Probst (deputada Dirce Heiderscheidt – PMDB)
A mais idosa senhora do município de Palhoça, Carolina Mathilde Wagner Probst tem 103 anos de idade. Nasceu no dia 12 de março de 1908, no distrito de Rio Bonito, então município de Palhoça, hoje Rancho Queimado. Vó Lula, como é conhecida, teve cinco filhos, dos quais apenas um está vivo. Seus filhos deram a ela uma significativa continuidade, ao todo são 16 netos, 27 bisnetos e quatro tataranetos. Destes 103 anos de vida vó Lula tem muitas histórias para contar, muitos acontecimentos para relembrar e muito a ensinar.

Clair Castilhos (deputada Angela Albino – PCdoB)
É farmacêutica bioquímica, mestre em saúde pública, professora da Universidade Federal de Santa Catarina e Conselheira Nacional de Saúde. Também é membro do Conselho Diretor da Rede Nacional Feminista de Saúde, Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos e membro do Comitê Acadêmico da Universidad Itinerante da Rede de Saúde da Mulher Latino Americana e do Caribe. Clair Castilhos também foi vereadora em Florianópolis de 1983 a 1992.

Raquel Ribeiro Bittecourt (deputada Ada Faraco De Luca – PMDB)
Raquel Ribeiro é natural de Tubarão, no Sul do estado, é farmacêutica e bioquímica. Tem dois filhos e ao longo de sua vida dedicou-se à carreira e à família, em especial a um dos filhos, autista. Atualmente é diretora da Vigilância Sanitária Estadual. A escolha de seu nome veio pela superação. Raquel é um exemplo de mulher que, mesmo com problemas pessoais, trabalhou pela sociedade e conseguiu uma posição de destaque profissional.

Assessoria da ALESC