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Brasileira faz balanço da presidência no Conselho de Segurança

O mês de fevereiro foi tumultuado no mundo e à frente do órgão mais importante da ONU, o Brasil teve um trabalho intenso. Nesta terça-feira (1°/3), a embaixadora do Brasil na organização, Maria Luiza Viotti, destacou os fatos mais importantes que marcaram o período do país na presidência do Conselho de Segurança, entre eles, a disputa entre Camboja e Tailândia, a votação da resolução contra as colônias nos territórios palestinos ocupados e a aprovação de resolução contra a Líbia.

“Os trabalhos superaram nossas expectativas, por acontecerem tantas situações importantes e imprevistas com que o Conselho teve que lidar. Fevereiro de 2011 se tornou um mês marcante para o Conselho e para o Brasil”, disse a embaixadora que enfatizou o poder de conversa e a diplomacia do Brasil para conseguir consensos.

A adoção da resolução sobre a Líbia foi o fato mais importante, de acordo com a embaixadora, pois o Conselho teve que se manifestar rapidamente. “Enviamos uma mensagem forte, unívoca condenando a violência sobre a população civil, estabelecendo sanções dirigidas para contribuir para que cessem essas violências”, falou a embaixadora se referindo ao pacote de sanções aprovado pelo Conselho no último sábado (26). A Resolução 1970, adotada por unanimidade em reunião de emergência, inclui proibição de viagem, embargo de armas e congelamento de ativos do líder líbio Muamar Kadafi.

De acordo com Viotti, a função do Conselho agora é focalizar a atenção na implementação da resolução, “que é bastante complexa e envolve uma série de medidas. Vamos monitorar a evolução da situação nos próximos meses”. Não há prazo determinado para as medidas terem algum efeito prático e, segundo a embaixadora, o Conselho não cogita, no momento, uma possível intervenção militar na Líbia.

O Brasil liderou também discussões importantes sobre o Sudão, sobre o resultado do referendo no país, como também sobre a prorrogação da missão de paz em Timor Leste. Uma das votações importantes do Conselho foi em relação às colônias ilegais israelenses nos territórios palestinos ocupados.

Apesar do veto exercido pelos Estados Unidos, "houve uma mensagem muito clara de que há praticamente uma unanimidade da comunidade internacional sobre esse tema e sobre a importância de que cessem essas construções para que o processo de paz possa evoluir num sentido mais positivo”, disse Viotti.

Com informações da Deutsche Welle