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EUA revisam para baixo crescimento do 4º trimestre de 2010

O Departamento de Comércio dos Estados Unidos revisou para baixo sua estimativa inicial de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) no quarto trimestre de 2010, passando para uma taxa anualizada de 2,8%.

A primeira estimativa, divulgada em 28 de janeiro, era de uma taxa anualizada de 3,2%. A taxa anualizada é a medida usada para medir a evolução do PIB nos Estados Unidos e projeta qual seria a expansão em quatro trimestres consecutivos caso o mesmo ritmo de crescimento seja mantido.

A revisão para baixo não era esperada por analistas, que previam uma elevação da estimativa para 3,3%. Com os novos dados sobre o quarto trimestre, o crescimento da economia americana no ano de 2010 também foi revisado para baixo, passando de 2,9% para 2,8%.

Para uma economia que deflagrou a crise mundial de 2008, é um ritmo anêmico de crescimento, especialmente quando comparado à China, sua principal concorrente, que continua avançando 10% ao ano. É também claramente insuficiente para reverter o elevado nível de desemprego, superior a 9%.

Gastos do governo

A mudança nos números é atribuída principalmente a uma redução maior do que a prevista anteriormente nos gastos do governo, em âmbito federal e local. A estimativa de queda passou de 0,9% para 2,4%.

O consumo das famílias (principal componente do PIB americano) também cresceu em um ritmo menor do que o estimado inicialmente, passando de 4,4% para 4,1%.

Apesar da revisão, analistas preveem uma aceleração na economia americana no primeiro trimestre de 2011.

O ritmo de crescimento depois da recessão, que durou até meados do ano passado, é insuficiente para reduzir a taxa de desemprego, que representa um dos principais problemas enfrentados pelo governo de Barack Obama.

O próprio presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Ben Bernanke, já admitiu que deve levar “vários anos” até que a taxa de desemprego nos Estados Unidos volte a um nível tido como “normal” no país, em torno de 5%.

Os resultados também são divulgados em um momento em que o governo busca conter o déficit fiscal por meio de cortes de gastos. No início do mês, Obama anunciou um plano para cortar o déficit americano em US$ 1,1 trilhão (cerca de R$ 1,8 trilhão) nos próximos dez anos. A proposta, ainda não aprovada pelo Congresso, sacrifica programas sociais e deve contribuir para piorar as coisas para os trabalhadores.

Com agências