Fortalecida, UBM-SP conclui seminário anual de planejamento
Mais de cem mulheres (e dois homens, muito bem-vindos) lotaram o auditório da Câmara Municipal de São Paulo no último final de semana durante o seminário da União Brasileira de Mulheres. Na pauta, o protagonismo feminino e os novos desafios das mulheres brasileiras.
Publicado 21/02/2011 15:19 | Editado 04/03/2020 17:17
Foram quase dois dias de trabalho intenso, mas o já tradicional seminário anual de planejamento da UBM-SP superou todas as expectativas com a presença maciça de núcleos da UBM nos municípios e sindicalistas ligadas à CTB. Foram mais de 30 intervenções do plenário abarcando os diversos temas suscitados.
Após a fala de abertura, que ficou a cargo da coordenadora estadual da UBM/SP, Rozina Conceição, os trabalhos da manhã giraram em torno da nova realidade política aberta para as mulheres com a eleição da primeira mulher presidenta do país, Dilma Rousseff.
As mulheres e o Novo Projeto Nacional de Desenvolvimento
A exposição da ubemista, ex-deputada estadual e dirigente estadual do PCdoB/SP, Ana Martins, situou o papel e a luta das mulheres na esteira de uma luta pelo socialismo. Para tanto, debateu-se o papel do governo Dilma na acumulação de forças por um Novo Projeto Nacional de Desenvolvimento e a necessidade das reformas democráticas no país. Neste ponto, ganha especial destaque a reforma política e as cotas para mulheres dos espaços de poder.
O recente episódio do salário mínimo não passou despercebido. Foi consenso entre as presentes que é necessária uma maior valorização do salário mínimo, já que ele afetará diretamente às mulheres, que ocupam geralmente as funções de menor remuneração e seriam diretamente pela política de valorização.
Rumo ao 8º Congresso
Ainda pela manhã, a coordenadora nacional da UBM, a paranaense Elza Campos, apresentou um panorama da história da União Brasileira de Mulheres desde sua fundação, em 1988, até os dias de hoje e os desafios sob os quais se dará o 8º Congresso Nacional da entidade, em junho de 2011.
Elza destacou que a trajetória da entidade é marcada pela luta de muitas companheiras que, a partir da defesa da democracia e da liberdade em nosso país, defenderam as políticas públicas com recorte de gênero, a participação política da mulher, a luta contra a violência, a defesa do trabalho como elemento fundamental da autonomia da mulher, dos direitos sexuais e reprodutivos e a construção e fortalecimento do feminismo emancipacionista, temas estes atuais e que estarão presentes na organização do Congresso.
À tarde, foi o momento dos informes locais e expectativas com relação do congresso. Para as ubemistas, é o momento da entidade se fortalecer nos núcleos: “Sem a base, não adianta ter um bom discurso, não teremos a transformação social que queremos.”, disse Luciene Balisa, da UBM da Capital e dirigente estadual da entidade.
A UBM de São Paulo tem a meta de reunir 400 mulheres no próximo congresso estadual.
Mulheres fazendo história
No domingo, a dirigente nacional e estadual da UBM e secretária estadual da mulher do PCdoB/SP, Olívia Rangel, deu uma palestra sobre a história da luta da mulher no Brasil. Para, na sequência, serem apresentadas as agendas, próprias e gerais, da UBM de São Paulo no próximo período.
Agenda
8 de Março Dia Internacional da Mulher;
Plenária Nacional da Coordenação Movimentos Sociais;
Conferências Estadual e Nacional da Mulher do Governo Federal;
2º Curso de Formação para as Mulheres da UBM/SP
8º Congresso Estadual da UBM/SP – Abril
2º Seminário Saúde da Mulher da UBM/SP – Maio
4ª Feijoada da UBM/SP– Junho
3º Seminário da Mulher Negra da UBM/SP- Julho
De São Paulo, Mariana Venturini. Colaborou Márcia Nestardo.