Projeção para inflação oficial chega a 5,79%, na 11ª alta seguida
Analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central (BC) elevaram pela 11ª semana seguida a projeção para a inflação oficial este ano. A estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passou de 5,75% para 5,79%, segundo o boletim Focus, publicação do BC divulgada toda segunda-feira.
Publicado 21/02/2011 11:41
Para 2012, a estimativa para esse índice também subiu, ao passar de 4,70% para 4,78%. As projeções para o IPCA estão acima do centro da meta de inflação de 4,5%, estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional. Essa meta tem margem de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, ou seja, o limite superior é de 6,5% e o inferior, de 2,5%.
Cabe ao BC perseguir a meta de inflação e para isso, a instituição usa como principal instrumento de controle da demanda por bens e serviços a taxa básica de juros, a Selic. Quando considera que a economia está muito aquecida, com trajetória de inflação em alta, o BC eleva a Selic, que atualmente está em 11,25% ao ano.
Por isso, os analistas esperam que a Selic encerre 2011 em 12,50% ao ano. Já na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, marcada para os dias 1º e 2 de março, os analistas esperam que essa taxa suba para 11,75% ao ano. Para o final de 2012, a expectativa para a Selic é de retorno ao atual patamar (11,25% ao ano).
A pesquisa do BC também traz projeções para o Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe). Para este ano, a estimativa passou de 5,47% para 5,53%. Para 2012, a projeção subiu de 4,64% para 4,67%.
A estimativa para o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), neste ano, passou de 6,28% para 6,56%. Para 2012, subiu de 4,67% para 4,84%.
Para o Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M), em 2011, a estimativa foi alterada de 6,33% para 6,51%. Para 2012, a projeção permanece em 4,70%.
A estimativa dos analistas para os preços administrados subiu de 4,40% para 4,45%, em 2011, e permanece em 4,50%, no próximo ano. Os preços administrados são aqueles cobrados por serviços monitorados, como combustíveis, energia elétrica, telefonia, medicamentos, água, educação, saneamento, transporte urbano coletivo, entre outros.
Fonte: Agência Brasil