Trabalhadores da construção civil de Salvador continuam em greve
Apesar da mediação da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), o impasse com as construtoras continua e os trabalhadores da construção civil de Salvador decidiram permanecer em greve por tempo indeterminado. Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção da Bahia (Sintracom-BA), José Ribeiro, os patrões não apresentaram nenhuma nova proposta na reunião realizada nesta quinta-feira (17/2), na sede da SRTE.
Publicado 17/02/2011 18:52 | Editado 04/03/2020 16:19
Como não houve acordo, os trabalhadores realizaram uma caminhada pelas ruas centrais da cidade e fizeram uma assembleia na Praça Castro Alves, na qual deliberaram pela continuidade do movimento. “Infelizmente os patrões não apresentaram nada de novo, apenas asseguram a proposta do mediador da SRTE, que prevê 11,7% de reajuste, o que está aquém da nossa reivindicação, que é de 15%. Marcamos uma nova reunião para a próxima segunda-feira (21/2), às 14h, para continuar a negociação. Até lá, a greve continua”, disse José Ribeiro.
O presidente do Sintracom-BA informou ainda que mais de 90% dos canteiros de obras estão paralisados e que o Sindicato pretende aumentar a mobilização para atingir os poucos trabalhadores que ainda não aderiram à greve.
Os operários da construção civil estão em greve desde o dia 10 de fevereiro. Já Foram realizadas grandes passeatas nas principais vias da cidade, Avenida Paralela e Avenida Sete de Setembro (Centro), e manifestações em diversos pontos de Salvador. De acordo com o Sintracom-BA, apesar dos altos índices de crescimento do setor em 11%, os patrões não atenderam à pauta de reivindicações, enviada desde novembro de 2010. Inicialmente, os trabalhadores reivindicavam 18,7% de reajuste salarial, mas aprovaram em assembléia o percentual de 15% de reajuste.
Nas primeiras reuniões de negociações que vêm sendo realizadas na SRTE, os empresários apresentaram contraproposta de reajuste de 6,47%, pelo INPC. A mediação da SRTE tentou solucionar o impasse e fez uma proposta de 11,7% de reajuste salarial. A assembléia dos trabalhadores votou pela manutenção da proposta de 15% de reajuste salarial, que já estava aprovada em assembléia realizada no dia 03.
De Salvador,
Eliane Costa