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Parlamento Europeu apoia Egito, mas exige transição democrática 

A crise no Egito será analisada de perto por um grupo de deputados do Parlamento Europeu, que deve viajar para a região nos próximos dias. Os europeus defenderam nesta quinta-feira (17) o congelamento dos bens do ex-presidente Hosni Mubarak e de todas as autoridades ligadas ao governo dele. Mas exigiram que a junta militar, que assumiu o poder no país, promova a transição democrática com eleições livres para presidente da República.

As informações são da União Europeia e do Parlamento Europeu. “[A renúncia de Mubarak] abriu uma nova fase no processo de transição política no Egito", destaca resolução aprovada hoje pelos parlamentares. “As Forças Armadas egípcias devem agora desempenhar um papel construtivo, facilitando o processo político, garantindo eleições livres e mantendo os compromissos de paz com Israel.”

Na sessão desta quinta, os deputados afirmaram que a onda de manifestações no Egito ensinou ao mundo que falharam as atuais políticas da União Europeia para os país do Sul do Mediterrâneo. Por essa razão, vão ser ampliados os recursos repassados para os investimentos feitos pela União Europeia em países que não pertencem ao bloco.

Histórico

Os egípcios promoveram uma série de protestos durante 18 dias até Mubarak renunciar ao cargo, que ele ocupou por 29 anos. Com sua saída, o governo provisório ficou sob responsabilidade de uma junta militar, comandada pelo marechal Mohamed Tantawi.

Os militares dissolveram o Parlamento, que era controlado por Mubarak, suspenderam a Constituição e anunciaram que uma comissão será designada para promover reformas constitucionais e que as eleições para presidente serão realizadas em setembro. Porém, os protestos no Egito ainda ocorrem. Os manifestantes reivindicam melhoria de qualidade de vida a partir do aumento de salários para várias categorias – de policiais a operários de fábricas. Há paralisações generalizadas pelo país.

A onda de protestos nos países muçulmanos começou na Tunísia, onde levou à saída do então presidente Zeni al-Abidine Bem Ali, e se estende por vários outros países do Norte da África e do Oriente Médio. A situação se agravou nesta quinta-feira no Barhein com estimativas de que seis pessoas morreram e pelo menos 300 ficaram feridas.

Fonte: Agência Brasil