Martha Rocha: "Vou fazer mudanças necessárias na Polícia do RJ"
A nova chefe de Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, Martha Rocha, disse em entrevista ao R7 nesta quarta-feira (16) que não teme sofrer resistência por ser a primeira mulher a exercer o cargo na instituição. Ela afirmou que as mudanças na cúpula da Polícia Civil que serão anunciadas ainda nesta tarde serão feitas para o bom funcionamento da equipe.
Publicado 16/02/2011 16:58
Em relação à imagem da Polícia Civil, abalada após investigações da Polícia Federal, desencadeadas na operação Guilhotina, Martha disse que não quer pensar no passado. Ela pretende indicar policiais com experiência para os departamentos da instituição.
R7: Como foi receber a notícia de que seria a nova chefe de Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro?
Martha Rocha: Foi uma surpresa, eu não esperava ser nomeada chefe de Polícia Civil, mas com certeza foi um motivo de muito orgulho. Eu acho que é um reconhecimento chegar ao cargo mais importante da instituição.
R7: Qual o maior desafio a ser enfrentado neste primeiro momento?
Martha: Neste momento, estou começando a pensar nos nomes, em montar a equipe. Acho que meu maior desafio agora é ter tempo, porque eu precisava de 48 horas para poder me organizar, para poder fazer a estrutura da Polícia Civil. Quero valorizar policiais mais experientes. Ainda não tive tempo de pensar nos novos nomes.
R7: Já pensou em algum projeto para o mês que vem, quando é comemorado o Dia Internacional da Mulher?
Martha: Nós desenvolvemos ao longo do projeto da Deam (Delegacia de Atendimento à Mulher), este ano, dois importantes projetos: a cartilha e o projeto Deam itinerante, que é uma unidade móvel que leva às comunidades a oportunidade das mulheres registrarem ocorrências de maus-tratos. Pretendemos continuar desenvolvendo esses projetos.
R7: Há alguma mudança já definida?
Martha: Preciso de tempo para pensar, planejar e decidir.
R7: Em relação às investigações da Polícia Federal sobre corrupção na Polícia Civil, como a senhora pretende enfrentar esse desafio em um momento em que a imagem da instituição está abalada?
Martha: Não fará mais parte do meu vocabulário a palavra crise. Não quero falar do passado. O que passou, passou, e ninguém vai viver mais isso. Estou preparada para conhecer o presente para projetar o futuro.
Fonte: R7