Dengue: Sesa anuncia aumento de 68 leitos para atender crianças
O Hospital Infantil Albert Sabin oferece 23 leitos a mais esta semana para atender crianças, em especial casos graves de dengue. Na ampliação do número de leitos para pacientes com dengue, o Hospital da Polícia Militar vai participar com 45 leitos.
Publicado 15/02/2011 11:59 | Editado 04/03/2020 16:32
Essas novidades de reforço na estrutura de assistência aos pacientes foram anunciadas na manhã desta segunda-feira, 14, durante reunião do secretário da saúde do Estado, Arruda Bastos, com diretores dos hospitais da rede estadual, o Albert Sabin e o São José, e ainda com o diretor do Hospital da Polícia, Clínio Alves, e representantes da cooperativa de pediatras, da Sociedade Cearense de Pediatria e da Secretaria de Saúde de Fortaleza. A reunião foi na Sesa.
O reforço na estrutura de acolhimento e atendimento dos pacientes vem acompanhado de capacitações dos profissionais de saúde. No Hospital Infantil Albert Sabin, onde os pediatras já fizeram diversos treinamentos, no período de 21 a 25 deste mês, será a vez de 50 enfermeiras serem atualizadas em tratamento de dengue. Para médicos de outras unidades da rede pública estadual e municipal e do serviço privado, a Sesa, a Sociedade Cearense de Pediatria e a Cooperativa de Pediatras estão organizando uma capacitação com 100 médicos pediatras.
O foco e a preocupação em proteger as crianças não são à toa. No boletim epidemiológico divulgado nesta sexta-feira, 11, a Secretaria da Saúde do Estado confirmou o primeiro óbito infantil por dengue. A criança, do município de Itapipoca, tinha três anos. Foi vítima de dengue com complicação. Há mais cinco óbitos infantis em investigação, aguardando resultados de exames laboratoriais. São de Icó, São Gonçalo do Amarante, Granja, Acarape e Fortaleza.
Desde o ano passado, a Sesa vem alertando os prefeitos e secretários municipais e os profissionais de saúde sobre o risco maior de mortes em crianças e adolescentes com menores de 16 anos. Isso porque o vírus 1, que desde 1995 não circulava no Ceará, voltou a ser transmitido pelo mosquito Aedes aegypti. Quem nasceu de lá para cá não está imune ao vírus 1. Os adultos, na grande maioria, já foram contaminados e assim estão livres do vírus tipo 1 da dengue.
Ao mesmo tempo em que amplia a rede de assistência, a Secretaria da Saúde do Estado promove mobilizações para chamar a atenção da população para os cuidados com o mosquito Aedes aegypti. "Lembramos que a doença só existe porque existe o mosquito e porque deixamos depósitos abertos, com água parada, para ele se multiplicar", destacou Arruda Bastos. Ele observa que "os pais também são importantes aliados na prevenção e nos cuidados da saúde dos filhos, sem esquecer de colocar na rotina muita água e sucos". Os principais sintomas, como a febre, dor de cabeça, dores pelo corpo e no fundo dos olhos e náuseas, acrescenta, os filhos devem ser levados à unidade de saúde mais próxima de casa.