Trabalhadores da construção civil continuam em greve em Salvador
Cerca de 4 mil trabalhadores da construção civil participaram de uma caminhada pelas ruas de Salvador na manhã desta quinta-feira (10/2), primeiro dia de greve do setor no estado. A categoria reivindica reajuste salarial de 18,7%, além de melhorias nas condições de trabalho, mas até o momento, os patrões ofereceram apenas 10%, proposta recusada pelos operários que continuam com as atividades paralisadas por tempo indeterminado.
Publicado 10/02/2011 21:05 | Editado 04/03/2020 16:19
Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção e da Madeira do Estado da Bahia (Sintracom-BA), José Ribeiro, o movimento grevista atinge mais de 90% dos canteiros de obra de Salvador. “O nosso movimento está sendo muito vitorioso, pois os trabalhadores estão aderindo em massa á greve. Hoje, por onde nós passamos ninguém entrou para trabalhar. Paramos todas as grandes construções da cidade. Se alguém trabalhou foi em obras pequenas e escondidas em bairros distantes, mas nosso objetivo é chegar a todos os canteiros”, acrescentou Ribeiro.
O primeiro dia de paralisação dos operários da construção civil foi bastante agitado. Logo no início da manhã, eles saíram em caminhada da Paralela, onde há muitos prédios em construção, foram até o Iguatemi e depois seguiram até o Campo Grande, no Centro. Por volta da 11h, percorreram a avenida Sete de Setembro até o Largo de São Bento,onde fizeram uma nova assembleia, em decidiram manter a greve por tempo indeterminado.
Patrões e empregados voltam a sentar na mesa de negociação na próxima terça-feira (17/2), às 14h, na Superintendência Regional do Trabalho. “Até um acordo, vamos continuar mobilizados e com as atividades paralisadas em Salvador e diversos outros municípios do estado”, concluiu o presidente do Sintracom Bahia.
De Salvador,
Eliane Costa