Diplomacia dos povos solucionará aquecimento global
O presidente boliviano, Evo Morales, declarou que somente a diplomacia dos povos solucionará a problemática do aquecimento global, que ameaça a sobrevivência da humanidade.
Publicado 23/01/2011 18:54
Alguns presidentes e governos só defendem seus interesses, sem ver a vida da humanidade nem a destruição do planeta terra, afirmou, no âmbito da celebração do primeiro ano do Estado Plurinacional.
Morales aludiu a suas experiências nas conferências mundiais sobre o tema, realizadas em Copenhague e Cancún, em mensagem emitido por motivo da data.
Uma vez mais, o reconhecido defensor dos direitos da Mãe Terra e da luta pelo controle da missão de gases de efeito estufa, instou a perseverar na conscientização acerca desses temas.
A Bolívia continuará liderando o debate sobre os direitos da Mãe Terra junto aos povos do mundo, reafirmou e adiantou que no próximo mês assistirá ao Foro Social Mundial, na África, com esse objetivo.
Morales ratificou a rejeição ao documento emanado da conferência no balneário mexicano de Cancún, mediante o qual os países industrializados garantiram reduzir de 13 a 17 por cento a emissão de gases estufa, quando os especialistas insistem na urgência de baixar de 25 a 40 por cento.
Com essas cifras, explicou Morales, o aquecimento global pode estabilizar-se em quatro graus centígrados, acima dos dois recomendados pelos entendidos.
"Neste momento a temperatura no planeta é 0,9 graus centígrados a mais. Que será com quatro graus centígrados a mais? Por isso não nos arrependemos como Bolivia, povo e Estado de rechaçar essa aprovação", sublinhou.
Morales impulsionou em nível internacional cinco iniciativas associadas ao tema, que derivaram na declaração de 22 de abril como Dia Internacional da Mãe Terra e no reconhecimento do direito à água como direito humano.
Estas propostas redundaram na inclusão de um novo ponto na agenda da ONU para viabilizar a harmonia com a natureza e considerar este indicador na medição do desenvolvimento sustentável, o qual será avaliado em abril.
"A Bolívia nunca teve tantas conquistas em sua política externa, conquistas que não só são para nosso país mas também para a humanidade e a Mãe Terra. Agora a Bolívia representa os movimentos sociais do mundo e suas políticas diante dos organismos internacionais", enfatizou Morales.
Prensa Latina