Veja aqui cronologia da vida de Gramsci
O Vermelho publica, abaixo, uma cronologia com os fatos mais importantes da vida do cientista político e comunista Antonio Granmsci. Neste sábado (22), completa-se 120 anos de seu nascimento.
Publicado 20/01/2011 17:10
Datas importantes da vida de Gramsci
1891 – Nasce no dia 22 de janeiro em Ales (Cagliari), na Sardenha.
1911 – Forma-se no liceu de Cagliari, em novembro matricula-se na Faculdade de letras de Torino.
1913 – Filia-se na seção socialista de Torino.
1915 – Em 10 de dezembro torna-se redator do jornal “Avanti!”, em Torino
1917 – Continua a atividade jornalística e assume a direção de “Grito do Povo”. Torna-se secretário da comissão executiva provisória de seção socialista de Torino.
1918 – O “Grito do Povo” deixa de ser publicado.
1919 – Com Ângelo Tasca, Umberto Terraccini e Palmiro Togliatti dá vida à “Nova Ordem. Resenha Semanal de Cultura Socialista”, cujo primeiro número aparece no dia 1º de maio.
1920 – Participa em setembro do movimento de ocupações de fábricas. Em 24 de dezembro sai o último número de “A Nova Ordem” semanal.
1921 – Em 1º de janeiro aparece o primeiro número de “A Nova Ordem” diário, como órgão dos comunistas de Torino. Integra o Comitê Central do Partido Comunista da Itália constituído em 21 de janeiro, em Livorno.
1922 – Em março é designado representante do partido no Comitê Executivo da Internacional Comunista. Em 26 de maio viaja a Moscou. Participa em junho da segunda conferência da Internacional. É internado numa clínica perto de Moscou, onde, em setembro, conhece Giulia Schucht.
1923 – Durante sua estada em Moscou é expedido um mandado de prisão contra ele pela polícia italiana. Em 3 de dezembro chega a Viena, designado pelo comitê executivo da Internacional, com a missão de manter as ligações entre o partido italiano e os demais partidos comunistas europeus.
1924 – Em 12 de fevereiro, sai em Milão o primeiro número de “L´Unitá”. Em 1º de março, sai a terceira série de “A Nova Ordem”, quinzenal, publicado em Roma. Em 6 de abril é eleito deputado pela circunscrição do Vêneto. Volta à Itália em 12 de maio. Em agosto nasce em Moscou seu filho Delio.
1925 – Em fevereiro conhece em Roma Tatiana Schucht, irmã de Giulia. Participa em março e abril em Moscou da 5ª Sessão do Comitê Executivo da Internacional.
1926 – Em janeiro, em Lione, participa do terceiro congresso nacional do PCI. Depois de uma estada de alguns meses na Itália, Giulia dá à luz em agosto o segundo filho, Giuliano. Embora tendo imunidade parlamentar, é preso em 8 de novembro e encarcerado na prisão de Regina Coeli, em Roma. Em 18 de novembro é determinado o seu confinamento, que dura cinco anos. Em 7 de dezembro é enviado para a ilha de Ustica.
1927 – Em 14 de janeiro, é expedido mandado de captura pelo tribunal militar de Milão. Deixa Ustica em 20 de janeiro e em 7 de fevereiro é encarcerado na prisão judiciária de San Vittore, em Milão.
1928 – Recebe em 19 de março a sentença de reenvio a julgamento no tribunal especial. Em 11 de maio parte para Roma e no dia seguinte volta a ser encarcerado em Regina Coeli. Abre-se em 28 de maio o processo contra o grupo dirigente do PCI. Em 4 de junho é condenado a 20 anos, quatro meses e cinco dias de prisão. Em 22 de junho é designado para a Casa penal especial de Turi (Bari), aonde chega em 19 de julho.
1929 – Em 8 de fevereiro começa a escrever as notas do primeiro dos “Cadernos do Cárcere”.
1931 – Já seriamente enfermo, sofre uma grave crise em agosto.
1932 – Em seguida ao provimento da anistia (por ocasião do 10º aniversário da marcha sobre Roma ocorrida em 28 de outubro de 1922, com a qual o fascismo abria caminho à conquista do poder e à construção da ditadura totalitária na Itália), sua pena é comutada para 12 anos e quatro meses.
1933 – Em 7 de março sofre uma segunda grave crise. Em julho pede a Tatiana que avie as providências para transferi-lo à enfermaria de outra prisão. O pedido é atendido e em 19 de novembro deixa Turi e é transferido momentaneamente a Civitavecchia. Em 7 de dezembro é internado, na condição de prisioneiro, na clínica do doutor Cusumano em Formia, uma localidade ao sul de Roma.
1934 – Encaminha o pedido de liberdade condicional, que é atendido em 25 de outubro.
1935 – Em abril pede para ser transferido a uma clínica em Fiesole, nas proximidades de Florença. Em junho sofre uma terceira crise. Em 24 de agosto deixa a clínica Cusumano e é internado na clínica Quisiana de Roma.
1937 – Terminado em abril o período de liberdade condicional, conquista a plena liberdade. Em 25 de abril sofre uma hemorragia cerebral. Morre no dia 27 de abril. Suas cinzas são recolhidas em uma urna num cemitério católico de Roma, na Pirâmide Cestia. Sobre a urna lê-se a inscrição Cinzas de Antonio Gramsci
Fonte: Centro Gramsci (Resumo preparado pelo professor Lélio La Porta)
Tradução do italiano: José Reinaldo Carvalho.