Novas greves e protestos na Grécia contra reformas trabalhistas
Médicos e dentistas gregos resolverar cruzar os braços por 24 horas contra as reformas propostas pelo governo social-democrata no setor de saúde. Pelo segundo dia, advogados e trabalhadores do setor ferroviário estatal estão em greve.
Publicado 20/01/2011 15:22
Os protestos são contra as mudanças planejadas pelo governo para acabar com décadas de regulamentação de determinadas profissões. Várias categorias, como engenheiros civis e arquitetos, vão ser afetadas pelo projeto de lei no qual o governo propõe honorários menores e ajuda a jovens profissionais.
A Grécia está atolada numa crise da dívida externa e foi forçada a fechar um acordo com o FMI e a cúpula da União Europeia pelo qual se comprometeu a impor aos trabalhadores um duro pacote fiscal, que reduz salários, provoca estagnação econômica e desemprego (que está em torno de 13%), elimina direitos trabalhistas e aumenta impostos, entre outras maldades.
As medidas despertaram indignação e revolta na classe trabalhadora, que reage com energia em defesa dos sues interesses e direitos. Em 2010 foram realizadas cerca de 15 greves gerais no país. É de se esperar a continuidade e até a radicalização da luta ao longo de 2011.
Com agências