Paulo Henrique repercute entrevista de Comparato ao Vermelho
O professor Fábio Konder Comparato deu notável entrevista ao Vermelho: “que o Governo Dilma não se acovarde diante da mídia”. O Azenha também deu destaque às severas palavras do professor Comparato.
Por Paulo Henrique Amorim, no Conversa Afiada
Publicado 11/01/2011 11:33
Diz Comparato ao Vermelho:
“Eu espero que o governo da presidente Dilma Rousseff não se acovarde, nem diante do oligopólio empresarial de comunicação de massa, nem perante os chefes militares, que continuam a defender abertamente os assassinos, torturadores e estupradores de oponentes políticos, durante o regime castrense de 1964 a 1985.”
O professor Comparato lembra sempre que a presidenta Dilma terá uma excelente oportunidade de logo tomar a dianteira dessa ofensiva contra o PiG.
Ainda que o ministro Bernardo não esteja ansioso para tratar do problema.
Como o Supremo aceitou abrir o julgamento das Ações por Omissão, propostas pelo professor Comparato e referendadas pelo PSOL e a Contcop, Confederação Nacional dos Trabaçlhadores em Comunicação, caberá proximamente à Advocacia Geral da União manifestar-se.
E dizer ao Supremo o que a AGU pensa sobre a matéria.
A presidenta endossa as ADOs, ou será contra ?
O professor Comparato viveu amarga experiência no Governo Lula.
Ele participou do esforço para punir os torturadores do regime militar e rever a Lei da Anistia.
Porém, com o apoio irrestrito do Ministro da Defesa (de quem ? – PHA) Nelson Johnbim*, o Presidente Lula mandou o Advogado Geral da União dizer que não queria rever a Lei da Anistia.
Esse é um dos – poucos – pontos cinzentos da biografia do Presidente Lula.
O que se pode esperar agora da presidenta Dilma ?
O que seu Advogado Geral da União dirá sobre o monopólio da Globo ?
Ou a presidenta já se esqueceu de como o Casal 45 a tratou na bancada do jornal nacional ?
(E ao Cerra* disse “perdoe-me, seu tempo se esgotou”.)
Ou ela já se esqueceu da peripécia que o Ali Kamel fez para provar que o Cerra tinha sido atingido por um míssil na cabeça – e, não, por uma bolinha ?
*Nota do Vermelho: a grafia faz parte das ironias do autor