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 Em Cancún, Brasil anuncia planos para redução de emissões

 Em discurso na 16ª Conferência do Clima das Nações Unidas (COP-16), nesta quinta-feira (9), em Cancún, no México, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, anunciou a assinatura do decreto que estabelece planos para redução das emissões de gases do efeito estufa em um cenário de longo prazo.

O decreto, afirmou a ministra, foi assinado nesta quinta pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e limita a emissão de gases do efeito estufa pelo Brasil, até o ano 2020, a 2 bilhões de toneladas. A projeção foi feita com base em um crescimento médio de 5% na economia.
Atualmente, as emissões brasileiras estão em torno de 1,8 bilhão de toneladas. O desafio até 2020 será manter as emissões em patamar semelhante, mesmo com o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) esperado.
O Brasil anunciou a meta voluntária de cortar entre 36% e 39% as emissões de gases até 2020. O compromisso resultou do acordo de Copenhague, onde foi realizada a COP-15, no ano passado. No entanto, até a assinatura do decreto, não se sabia sobre que total de emissão essa redução seria aplicada. O documento leva em conta números de desmatamento, geração de energia, agricultura e resíduos industriais, entre outros, para projetar o teto de emissões.
Pouco antes de fazer seu discurso, a ministra comemorou a assinatura do documento. "O Brasil será o primeiro país a apresentar um cenário de redução de emissões no planeta, (um cenário) concreto, de longo prazo. O que mostra que a gente vem aqui negociar com uma ação feita, não é blablabla. A gente está negociando, exigindo coisas, mas está fazendo nacionalmente, tem muita gente que vem negociar aqui, e fala, fala, fala, mas não realiza."
A expectativa é que a iniciativa brasileira leve outros países a também fazerem e divulgarem suas projeções.
Metas intermediárias
O decreto prevê ainda que os 12 planos setoriais de áreas como energia, transporte público, indústria, construção civil, agropecuária, devem conter metas de redução de emissões a cada três anos e quais as ações que serão realizadas para que sejam atingidas.
O Brasil também terá de divulgar estimativas anuais de emissões, como uma forma de acompanhar o cumprimento do limite estabelecido.

Com informações do Terra