Lula: baixa presença de governantes prejudicou Cúpula de Cancun
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lamentou hoje (1º) a baixa adesão de autoridades mundiais à Conferência do Clima (COP-16), em Cancun. Para ele, pouca participação de países desenvolvidos, principalmente, vai contribuir para falta de acordo nos impasses sobre a redução da emissão de gás carbônico (CO2) e desmatamento.
Publicado 01/12/2010 18:01
Na cúpula de Cancun, cerca de 20 chefes de Esatdo participaram, ao passo que 120 governantes estiveram presentes na atividade de 2009, em Copenhague.
Lula disse ainda que o índice de desmatamento brasileiro é menor, não para dar satisfação a esses países, mas pelo compromisso que o próprio país assumiu. “O importante é que o compromisso que assumimos aqui, vamos cumprir. E vamos cumprir porque é nossa obrigação”, comentou ao participar de cerimônia de divulgação dos dados sobre desmatamento na Amazônia.
Parceiros
O presidente valorizou o papel dos prefeitos e governadores das áreas desmatadas para que o país alcançasse o menor índice de desmatamento dos últimos 22 anos, quando a região começou a ser monitorada.
“Eles, em vez de serem adversários, passaram a ser parceiros. Perceberam que era vantagem para eles”, comentou. “Nós evoluímos muito. A sociedade brasileira, os empresários, os ambientalistas evoluíram. Não nos tratamos mais como se fôssemos inimigos, nos tratamos como se fôssemos parceiros”, acrescentou.
O Brasil registrou, entre agosto de 2009 e julho de 2010, o menor índice de desmatamento da Amazônia dos últimos 22 anos. Foram 6.450 quilômetros quadrados (km2). Só em relação ao período anterior, o número é 14% menor.
Os três estados que tradicionalmente mais desmatam Pará, Mato Grosso e Rondônia apresentaram redução significativa. Dos três, o Mato Grosso foi o estado que menos desmatou. Se em 2004, foram 14 mil km2, em 2010, o número caiu para menos de mil.
Desenvolvimento sustentável
Na cerimônia, Lula ainda entregou contratos de concessão de uso de terra a 2,5 mil famílias de sete unidades de conservação federal, sendo seis reservas extrativistas e uma floresta nacional. O documento dá direito às famílias explorarem de forma sustentável os recursos naturais conforme plano de manejo.
Durante a cerimônia foi assinado o decreto que cria o Macrozoneamento Ecológico-Econômico da Amazônia Legal (MacroZEE). A ideia é promover o desenvolvimento sustentável na região.
Da redação, com Agência Brasil