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Centrais sindicais insistirão em mínimo de R$ 580, diz Juruna

O secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, disse nesta quinta-feira (18), em São Paulo, que as centrais sindicais insistirão na proposta de um salário mínimo de R$ 580 reais. Ele participou, pela manhã, de reunião para negociar o valor do mínimo com os ministros do Planejamento, Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo, e da Previdência Social, Carlos Eduardo Gabas.

"Como já foi dito pelo relator do Orçamento no Congresso, senador Gim Argello (PTB-DF), há condições de se dar esse aumento", afirmou, em referência à reunião de ontem em que o parlamentar admitiu que o governo tem uma margem de manobra e poderia chegar a um valor de R$ 570 reais, apesar de a proposta oficial do governo ser de 540 reais.

Juruna diz que o governo precisa olhar para a população — e não apenas para os partidos aliados. “É uma questão de pressão das centrais sindicais. Não basta o governo agradar apenas aos partidos aliados, sem atender a população em geral. Nesse aspecto, eu acho que ainda há condições de negociação", disse. "Acredito que nós deveríamos pensar num número positivo de aumento real, uma vez que quanto melhor o mercado interno, melhor para o país em geral."

Bingos

Juruna disse também que a Força Sindical é favorável à regulamentação dos bingos no país. Alguns deputados — como Sandro Mabel (PR-GO) e Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho, ligado à central — pressionaram o governo pela legalização dos bingos.

Segundo os parlamentares, o governo poderia usar parte dos recursos do jogo para ampliar verbas da saúde e para aprovar a Emenda Constitucional 300 — que oferece piso salarial de R$ 3,2 mil para policiais militares e bombeiros nos Estados. "A Força é a favor, primeiro pela questão do emprego e, segundo, porque poderia também aumentar a arrecadação de impostos", afirmou, ressaltando que outras centrais não concordam com a sugestão.

Aposentados

A central pretende, ainda, discutir com o governo a alteração da tabela do Imposto de Renda (IR). Segundo o disse o vice-presidente da Força, Miguel Torres, a ideia é possibilitar que os trabalhadores isentos e que tiveram aumento salarial este ano continuem fora da faixa de pagamento do imposto.

“Queremos que a tabela seja reajustada, porque este ano a maioria das categorias teve aumento que varia de 7% a 9%. Com certeza, muitos trabalhadores que estavam isentos, por essa tabela, entrarão na faixa de pagar Imposto de Renda. Queremos também uma solução para isso”, disse Torres.

Da Redação, com agências