Dilma discutirá salário mínimo com centrais na próxima semana
Depois de voltar da viagem à Coreia do Sul, a presidente eleita, Dilma Rousseff, deve iniciar as conversas com integrantes das centrais sindicais sobre o reajuste do salário mínimo. Na terça-feira (16), o Congresso deve começar a votar a proposta inicial — que aumenta para R$ 538 o atual salário (R$ 510).
Publicado 12/11/2010 15:04
Nos últimos anos, o reajuste do mínimo foi baseado no cálculo que leva em consideração o crescimento do PIB e a inflação do ano anterior. Como em 2009 o PIB regrediu, as centrais sindicais, o governo e o Congresso Nacional vêm tentando, nas últimas semanas, chegar a uma nova fórmula para não prejudicar a evolução do reajuste.
A expectativa das centrais é que, em 2011, haja uma antecipação do índice previsto para 2012. Para o próximo ano, CUT, Força Sindical, CTB, CGTB, Nova Central e UGT defendem reajuste do mínimo para R$ 580, dando continuidade à política de valorização iniciada no governo Lula.
Assim, as centrais se basearam na projeção de crescimento do PIB para 2010, de 7,5%, para consolidar um novo cálculo. Com a previsão de inflação de cerca de 4,5%, tem-se uma soma de 13%. Assim, o atual valor do SM, de R$ 510, seria convertido, em números redondos, para os já citados R$ 580.
“Esse será o reajuste pelo qual lutaremos nas próximas semanas, junto aos deputados, aos ministros da área econômica e com quem for necessário em Brasília. Temos que manter os reajustes do salário mínimo e continuar a política iniciada pelo governo Lula”, explicou o presidente da CTB.
“Os R$ 538 estão na peça orçamentária. O presidente Lula e a presidenta eleita devem analisar na volta de Seul”, afirma o ministro Alexandre Padilha, das Relações Institucionais. “As centrais estão propondo antecipação do reajuste de 2012 para dar um reajuste um pouco maior. A previsão da economia para este ano é de 8%, mais 4,5% de inflação. O reajuste em 2012 seria em torno de 12%.”
Da Redação, com agências