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Governo estuda novas medidas para conter queda do dólar

O governo poderá anunciar novas medidas para conter a valorização excessiva do real em relação ao dólar. Mas, por enquanto, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, acredita que é importante observar os efeitos das medidas já adotadas, como a elevação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), para aplicações em renda fixa por estrangeiros, além de mais espaço para o Tesouro Nacional comprar dólares para quitar parcelas da dívida externa.

“Temos que observar. Não vamos nos precipitar para ver se não dá uma acalmada espontânea. Senão, tomaremos mais medidas. Vamos observar”, disse sem antecipar quais seriam essas medidas.

Mantega voltou a reafirmar que a valorização em excesso do real dos últimos dias foi causada pela forte entrada de dólares no país, em setembro, por conta da capitalização da Petrobras. “Foram US$ 16 bilhões que entraram em setembro. É uma soma extraordinária”, afirmou.

Segundo Mantega, até o momento, as medidas para o câmbio são aquelas já tomadas, como o aumento da alíquota de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) de 2% para 4% incidente nos investimentos estrangeiros em renda fixa no país e a autorização para que o Tesouro apresse as compras de moeda estrangeira para o pagamento da dívida externa.

Guerra cambial

A disputa entre a Coreia do Sul e o Japão em torno das taxas de câmbio acirrou quinta-feira (14), destacando as tensões geradas pela perspectiva de que Washington aumente a impressão de dólares para tentar animar a combalida economia norte-americana.

A Coreia do Sul reclamou do Japão após Tóquio questionar a líderança do país no fórum do G20 por causa da intervenção repetida de Seul para controlar a valorização do won, de acordo com a mídia estatal.

O embate parece constrangedor para a Coreia do Sul antes da reunião dos ministros das Finanças do G20, que acontece em 11 e 12 de novembro na capital do país. "É inapropriado falar unilateralmente sobre a política cambial de determinado país", disse o presidente do Banco da Coreia, Kim Choong-soo, a jornalistas.

A Coreia do Sul ficou irritada com os comentários diretos feitos pelo ministro das Finanças japonês, Yoshihiko Noda. O ministro afirmou que países emergentes com superavits em conta corrente deveriam permitir uma flexibilidade maior nas suas moedas.

"Na Coreia do Sul, a intervenção acontece regularmente, e na China, o ritmo da reforma do yuan tem sido lento", disse Noda. O próximo foco será na sexta-feira, quando o Departamento do Tesouro dos EUA deve anunciar a decisão semestral de taxar ou não a China de "manipuladora cambial".

O relatório costuma ser adiado, mas uma autoridade da indústria em Washington disse que seu grupo havia sido informado por um membro do governo de que o prazo de 15 de outubro seria cumprido.

Com agências