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Piñera fala em reforma trabalhista para evitar novas tragédias

O presidente do Chile, Sebastian Piñera, anunciou na manhã desta quinta-feira (14) que o Chile deve realizar uma reforma trabalhista. Quarta-feira (13), quando Luis Urzúa, o último dos 33 mineiros e líder do grupo, foi resgatado, ele disse ao presidente que um acidente como o que os deixou presos por 69 dias a 700 metros de profundidade "nunca mais pode acontecer”

Em resposta, nesta quinta-feira (14), durante entrevista coletiva no hospital de Copiapó, Piñera afirmou: “Não podemos garantir que não haverá mais acidentes. Mas podemos garantir que nunca mais se trabalhará em condições tão desumanas como na mina San José”.

O presidente prometeu uma mudança “muito radical” nas leis trabalhistas para equiparar o Chile aos padrões dos países desenvolvidos. Segundo ele, esse será seu compromisso de governo. As mudanças não seriam apenas para quem trabalha com minas, mas também para quem trabalha, por exemplo, com produtos químicos, pesca e para motoristas que cumprem longas jornadas.

Não deu, porém, maiores detalhes sobre sua proposta. Também anunciou que no dia 25 de outubro haverá um jogo de futebol entre os trabalhadores da mina e o time do palácio La Moneda, residência oficial do presidente. E garantiu que “aqui não haverá impunidade para os responsáveis”.

A operação de resgate, que retirou com vida os 33 mineiros soterrados por 70 dias no Deserto de Atacama no Chile, custou de US$ 10 a US$ 20 milhões. Mas o presidente chileno disse que “cada centavo gasto valeu a pena”.

Com agências