Para Ahmadinejad, inimigos querem desestabilizar Oriente Médio
Em viagem ao Líbano, o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, disse nesta quinta (14) que há uma campanha internacional para semear a discórdia no Oriente Médio. Segundo ele, essa campanha não tem chance alguma de obter vitória.
Publicado 14/10/2010 08:12
Para Ahmadinejad, os líderes políticos têm “obrigação” de reagir a essa suposta campanha de desestabilização. As informações são da agência oficial de notícias iraniana, a Irna.
“Os inimigos agarrram todas as oportunidades para semear a discórdia entre os Estados da região”, disse Ahmadinejad, que chegou na última quarta-feira (13) a Beirute, capital libanesa.
“Os líderes desses países [do Oriente Médio] têm obrigação de resistir e frustrar esses [supostos] planos [dos inimigos]”, disse. “Os inimigos não devem ter esperança de obter a vitória sobre o Irã.”
A visita de Ahmadinejad ao Líbano é cercada de críticas e tensões. O Hezbolá e o Amal, partidos muçulmanos xiitas, apoiam a política do presidente iraniano, mas o bloco denominado 14 de março, do primeiro-ministro Saad Hariri, condena a aproximação com Ahmadinejad. Em resposta aos que o apoiam, Ahmadinejad disse que aqueles que tentaram obter a vitória no Afeganistão agora tentam desestabilizar o Líbano.
“Mas a resistência do povo libanês tem frustrado os inimigos”, afirmou. “A nação iraniana sempre esteve com a nação libanesa. O Irã está pronto para correr e ajudar o Líbano quando for chamado”, acrescentou. “Acredito que os libaneses são capazes de gerir seus próprios assuntos sem a interferência de outros.”
Em 2006, Israel atacou o Líbano. Até hoje os libaneses tentam reconstruir o país que ainda tem os sinais do fim da guerra em todos os lugares. A capítal Beirute é repleta de prédios destruídos, ainda no período do conflito, e a população vive em permanente alerta.
Em 9 de junho, quando o Conselho de Segurança das Nações Unidas se reuniu e aprovou as sanções ao Irã, o Líbano se absteve da votação. O Brasil e a Turquia votaram contra as medidas e defenderam o diálogo em substituição às restrições.
Com agências