70% dos eleitores não sabe em quem votar para federal

Datafolha realizou pesquisa entre 8 e 9 de setembro. Maioria dos eleitores decidirá voto na reta final. 67% não se lembram em quem votaram em 2006.

Nomes já conhecidos do eleitor, seja pela trajetória política, seja pela carreira artística ou esportiva, dominam as listas de nomes preferidos para uma vaga na Câmara dos Deputados em 2011. Pesquisa realizada pelo Datafolha entre 8 e 9 de setembro mostra que a maioria (66%) dos eleitores brasileiros ainda não têm um nome para deputado federal. Entre a minoria que já tomou essa decisão, despontam nomes como Tiririca e Paulo Maluf, em São Paulo.

Para a pesquisa foram ouvidas 11660 pessoas em todo o país entre os dias 8 e 9 de setembro. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos.

Tiririca (PR) é o nome mais citado pelos eleitores paulistas: 3% pretendem votar no candidato, que concorre pela primeira vez a um cargo público. No estado de São Paulo, 69% não afirmam não saber ou não lembrar em quem irão votar para deputado federal. Além do candidato do PR, apenas Paulo Maluf (PP), Márcio França (PSB) tiveram menções suficientes para atingir 1% no levantamento. A legenda do PT também alcançou 1% das citações. A opção de votar em branco ou nulo para deputado federal é a escolhida por 4% dos paulistas.

Para 59% dos sem-candidato, escolha será feita perto da eleição

A decisão sobre o voto para deputado federal será tomada nos dias que antecedem as eleições pela maior parte dos eleitores sem-candidato. Segundo o levantamento do Datafolha que foi a campo entre os dias 8 e 9 de setembro, 59% dos que ainda não tinham em quem votar iriam se decidir sobre o candidato no período mais próximo das eleições, enquanto 25% disseram que escolheriam um nome nos dias posteriores à pesquisa.

Os subsídios mais usados pelos eleitores para a escolha do deputado federal são as notícias de jornais, rádios e TV e as conversas com amigos, colegas e familiares. O noticiário é considerado muito importante para essa decisão por 58% dos eleitores brasileiros, enquanto 16% o consideram desimportante. Já a opinião manifestada em conversas com pessoas próximas é considerada muito importante por 57%, e sem importância por 16%.

As orientações de igrejas, associações e sindicatos são consideradas muito importantes para a escolha do deputado federal por 28%, enquanto 43% dizem ser desimportantes. Esse tipo de influência é menos considerado pelos eleitores do que o horário eleitoral gratuito, que é muito importante para 43% do eleitorado. Outros 26% afirmam que esse tipo de propaganda não tem importância para o voto no deputado federal. As informações conseguidas na internet são consideradas importantes por 32% dos eleitores, índice semelhante aos que dizem ser desimportantes (34%).

A escolha do deputado federal na eleição passada também é pouco lembrada pelos eleitores. Em média, 67% dos brasileiros não sabem ou não lembram para quem dedicaram esse voto nas últimas eleições para o cargo, em 2006. Essa taxa é mais elevada no Sudeste (69%) e Sul (69%) do que no Nordeste (66%) e Norte/Centro Oeste (59%).

Da redação, com informações Datafolha