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Ahmadinejad: "Os muçulmanos não estão contra os americanos"

O presidente do Irã, Mahmud Ahmadinejad, afirmou em uma entrevista à cadeia americana de notícias NBC, que não há ódio entre muçulmanos e estadunidenses, apesar da tensão alimentada por controvérsias pela construção de uma mesquita em região próxima ao local das antigas Torres Gêmeas e a declaração de um pastor da Florida de que queimaria o livro sagrado dos muçulmanos, o Alcorão.

"Os muçulmanos são contra o comportamento odioso", disse, em uma exclusiva ao NBC News. "Eles não são contra o povo dos Estados Unidos, ou contra judeus, ou contra cristãos", observou o presidente iraniano.

Há algumas semanas eclodiram vários protestos no mundo inteiro denunciando os Estados Unidos, depois que um pastor de uma pequena igreja evangélica, na Flórida, ameaçar queimar o Alcorão no aniversário dos ataques de 11 de Setembro.

Apesar de o pastor ter abandonado a ideia, a controvérsia em torno da queima do Alcorão coincide com a polêmica desatada pelo projeto de construir um centro cultural islâmico e uma mesquita próxima do que restou do World Trade Center, provocando tensão nos EUA.

Na entrevista, Ahmadinejad denunciou o que descreveu como uma "minoria" nos Estados Unidos que busca fomentar a hostilidade contra outras nações. "Seu interesse é focado na criação de guerras e conflitos", assegurou.

Ahmadinejad disse que o Alcorão "é um livro agradável, um livro sagrado. Isso foi uma coisa ruim. Queimar um livro sagrado é uma profanação para milhões de crentes e pessoas no mundo".

Porém, Ahmadinejad também falou de maneira geral contra a política americana de sanções ao Irã, desde a revolução de 1979, que derrocou a monarquia do país.

Desde então, as duas nações não mantiveram nenhuma relação oficial e a distância entre elas tem se ampliado ultimamente, por causa das pressões americanas contra o programa de energia nuclear desenvolvido pelo país persa.

Da redação, com informações de Cubadebate