Bahia bate novo recorde na geração de empregos em agosto

A criação de 11,2 mil postos de trabalho no mês passado representa o melhor resultado para um mês de agosto de toda a série histórica do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – Caged, iniciada em 1992. Os números foram divulgados nesta quinta-feira (16/9) e, somados ao acumulado do ano, totalizam 80,7 mil empregos gerados em 2010; o melhor desempenho das regiões Norte e Nordeste e o oitavo entre os demais estados brasileiros. Nos últimos 12 meses, o número chega aos 107,8 mil.

Os setores de Serviços (5,6 mil), Construção Civil (3,6 mil), Indústria de Transformação (2,3 mil) e Comércio (1,1 mil) foram os principais alavancadores do índice. “Boa parte dos investimentos na área de infraestrtura, e mesmo do programa Minha Casa, Minha Vida, ainda vão ocorrer; além das obras de grande porte que estão envolvidas com a Copa do Mundo, a conclusão da Via Expressa, a Ferrovia Oeste-Leste. Portanto, a perspectiva é de gerar ainda mais empregos”, afirmou o secretário estadual do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte, Nilton Vasconcelos. Para ele, a Bahia deve conseguir ultrapassar a meta estimada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA, de 83 mil novos postos formais de trabalho até o fim do ano.

Mesmo que não atinja as expectativas, a gestão de Wagner (PT) já superou o número de empregos somados dos três últimos governos baianos – todos sob a administração de carlistas do antigo PFL e atual DEM. De janeiro de 2007 até hoje, foram criados 251,5 mil empregos com carteira assinada. O primeiro governo Paulo Souto (1994/98) criou 168,3 mil; César Borges (1998/2002), 81,4 mil; e, quando reassumiu em 2002-2006, Souto deixou um déficit dez mil empregos no estado.

Mercado aquecido

O mês também foi de recorde nas exportações, com crescimento de 19,5% frente a agosto passado. No acumulado dos primeiros oito meses do ano, a balança comercial registrou superávit de US$1,5 bilhão; saldo 1,2% superior a mesmo período de 2009, de acordo com boletim divulgado na quarta-feira (15), pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia.

Segundo especialistas, o auge da safra de grãos e o aumento nos preços e no volume exportado de produtos petroquímicos, derivados de petróleo, celulose, algodão e café, aliado à recuperação dos principais mercados compradores – Argentina, União Européia e China – foram responsáveis pela elevação das vendas externas no mês passado.

As importações, por sua vez, desaceleraram, demonstrando que a produção local tem sido suficiente para atender o mercado interno. A redução foi de 2,3% frente a agosto passado, e de 17,6% em relação a julho.

De Salvador,
Camila Jasmin